Publicada em 19/02/2019 às 10h08.
Sertão registra primeira morte suspeita por arbovirose
O caso foi de um homem de 39 anos, morador de Custódia. Secretaria de Saúde da cidade informou que o paciente tinha comorbidades.
Aedes aegypti, transmissor das arboviroses

morte de um homem de 39 anos, morador de Custódia, no Sertão pernambucano, com suspeita de arboviroses está sendo investigada. O registro é segundo em apuração no Estado e o primeiro do Sertão. O óbito reforça o alerta para a ocorrências nas cidades sertanejas, onde há localidades nas quais as doenças tiveram alta de quase 4.000%.

Devido ao avanço nos casos de dengue, zika e chikungunya, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Patriota, solicitou uma reunião com o secretário estadual de Saúde, André Longo, para tratar do assunto. “Precisamos de uma força-tarefa grande na região. Com um foco forte também na educação ambiental, mas alguns fatores complicam. O caso é muito sério”, disse.

Patriota explicou que muitas dessas cidades não têm abastecimento de água encanada e, por isso, a realidade é de armazenamento em caixas, baldes e cisternas, o que deixa o cenário com maior risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti. A 6ª Gerência Regional de Saúde (Geres), que abarca também os municípios de Arcoverde, Buíque, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Manarí, Pedra, Petrolândia, Sertânia, Tacaratu, Tupanatinga e Venturosa, já contabilizou, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), aumento de 78,3% de casos suspeitos de dengue, 50% de zika e 9,4% de chikungunya. 


Em situação ainda mais preocupante estão às cidades da 7ª Geres (Belém do São Francisco, Cedro, Mirandiba, Salgueiro, Serrita, Terra Nova, Verdejante), onde a situação já é de surto. Nessa região a elevação de casos chega a 3.828,6% em relação a dengue, 550% de chikungunya e 100% de zika. Todos os dados fazem parte do boletim epidemiológico divulgado, nesta segunda-feira (18), pela SES com dados 30 de dezembro de 2018 a 9 de fevereiro de 2019 na comparação com o mesmo período do ano passado. 

A secretária de Saúde de Custódia, Olga Pires, explicou que o paciente em questão tinha outras comorbidades e doença crônica e que o atestado do óbito dele apresentou essas questões como causa da morte. Sobre a situação do município, ela destacou que várias ações vêm sendo realizadas. “O nosso LIRAa - Levantamento Rapido de Aedes Aegypti - apontou que a maior parte da infestação está na casa das pessoas. Temos feito bloqueio (com fumacê), limpezas das ruas, canais e rios, mas precisamos da ajuda da população”, disse. A linha de frente do enfrentamento ao Aedes e as arboviroses é com os municípios. 

Programa Estadual de Vigilância das Arboviroses informou que realizou, nesta semana, busca ativa de casos de Custódia. Houve visitas a vários serviços de saúde para verificar prontuários e agilizar as notificações dos possíveis casos. Ainda, foi feito trabalho de pulverização com o carro fumacê para promover o bloqueio. O caso será investigado pelo município com apoio do Comitê Estadual de Discussão de Óbitos por Dengue e outras Arboviroses. Antes de Custódia, a primeira morte suspeita foi de um homem de 46 anos, ocorrida no município de Ipojuca, no Grande Recife, no dia 8 de janeiro. 

 

FolhadePE

 

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