Publicada em 14/03/2019 às 10h08.
Corpos são velados na Arena Suzano, em São Paulo
Adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio.

O velório dos corpos de seis vítimas do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), começou por volta das 6h30 desta quinta-feira (14), na Arena Suzano no Parque Max Feffer.


Várias coroas de flores estão distribuídas no espaço. Uma grade divide a área reservada para as famílias das vítimas, e um corredor foi montado para o público circular pelo local.


Os corpos chegaram ao local às 6h10. As vítimas veladas são:


 

  • Caio Oliveira, 15 anos
  • Kaio Lucas da Costa Limeira, 17 anos
  • Samuel Melquíades Silva de Oliveira, 16 anos
  • Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos
  • Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos
  • Marilena Ferreira Vieira Umezo, 59 anos

 

Parentes velam a inspetora Eliana Regina de Oliveira Xavier em Suzano nesta quinta-feira (14) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Uma missa ecumênica está prevista para acontecer no local às 11h.


O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, e o ministro da Educação, Ricardo Vélez, estão na Arena. As autoridades passaram diante de cada caixão e abraçaram as famílias O governador de São Paulo, João Doria, também é esperado no local.

 

Rosana Silva e Antônio da Paz são voluntários de ONG que aborda o tema da violência e foram prestar solidariedade ás famílias das vítimas do massacre da Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

 Foto: Maiara Barbosa/G1


Rosana Silva é tia de uma das vítimas, Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos, e também é voluntária de uma ONG que trata de violência. Ela foi se despedir da sobrinha e prestar solidariedade às famílias das vítimas.


"É muito triste tudo isso que está acontecendo, foi uma coisa inesperada. Cadê a segurança? Nossos filhos vão para escola e a gente não sabe se eles vão voltar? Nosso governo libera armas e não pensa nas consequências. Olha quantas vidas perdidas, quantas famílias destruídas", disse Rosana.


Sobre a sobrinha, ela contou que era uma pessoa muito boa, tratava bem todo mundo. "Sempre gostou de trabalhar lá e era muito amiga dos alunos", disse ela. Eliana era agente de organização escolar.


Cerca de 50 profissionais da rede municipal de saúde estão prestando atendimento na Arena Suzano, entre médicos psiquiatras e clínicos gerais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e assistentes sociais.


Os corpos sairão da Arena às 15h, com um intervalo de 30 minutos entre cada um e seguirão em cortejo até o cemitério. Eles serão enterrados no Cemitério São Sebastião, com exceção do corpo de Marilena Umezo, que será sepultado apenas no sábado (16), quando um dos filhos dela retornar do exterior.


Segundo a Prefeitura, desde as 6h30, mais de 3 mil pessoas já passaram pelo velório.


Outras vítimas


O velório de Douglas Murilo Celestino começou por volta de 1h em uma igreja evangélica em Suzano.


O corpo do comerciante Jorge Antonio de Moraes está sendo velado no Cemitério Colina dos Ypês, em Suzano, onde será sepultado.

 

Familiares chegam para o velório de vítima do massacre da Escola Raul Brasil em Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

Foto: Maiara Barbosa/G1

 

O ataque

 

Frente da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, após o massacre — Foto: Maiara Barbosa/ G1.

Foto: Maiara Barbosa/ G1.

 

Um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13) e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio.


Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região.


Os assassinos – Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 – eram ex-alunos do colégio.


A polícia diz que os dois tinham um "pacto" segundo o qual cometeriam o crime e depois se suicidariam.


Ainda não se sabe a motivação do crime. Foram feitas buscas na casa dos assassinos, e a polícia recolheu pertences dos dois. As famílias dos criminosos também foram ouvidas.

 

Estudantes se abraçam após ataque a escola de Suzano — Foto: Maiara Barbosa/G1

 Foto: Maiara Barbosa/G1

Duas vítimas trabalhavam na escola em Suzano e cinco eram estudantes

Duas vítimas trabalhavam na escola em Suzano e cinco eram estudantes

 

 

'Terrorismo doméstico'


O Ministério Público de São Paulo informou, na noite desta quarta-feira (13), que vai investigar em que circunstâncias ocorreram as dez mortes do massacre em Suzano. O trabalho será realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


O objetivo é apurar a possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para "eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios", diz o órgão. O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados terroristas cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo.


Imagens de câmeras de segurança


Uma câmera de segurança registrou o momento em que Guilherme Taucci Monteiro entra na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, e atira em quem estava logo após a porta de entrada. O vídeo abaixo mostra o momento em que Monteiro entra na escola, saca a arma e aponta para as vítimas.

 

 

Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, eram ex-alunos da instituição. Eles estavam em um carro branco alugado, estacionaram em frente ao portão do colégio e entraram pela porta da frente, que estava aberta.

 

G1

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