Publicada em 06/10/2015 às 10h50.
Projeto que anula multas por ausência de extintores é aprovado na câmara
Ressarcimentos poderão ocorrer em forma de créditos ao condutor para abatimento em multas e tributos que estejam em atraso.

Os motoristas que sofreram multas pela ausência de extintores de incêndio nos carros podem ter esperança de anulação de suas multas. O Projeto de Lei (PL) 3075/15, de autoria do líder do Democratas na Câmara, deputado Mendonça Filho, foi aprovado nessa quinta (1º) prevendo a anulação dessas infrações.

 

O deputado defende a anistia das multas porque uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que havia determinado a obrigatoriedade do acessório, acabou sendo revogada. Ao defender seu PL, Mendonça disse que a decisão inicial do Contran foi precipitada e equivocada. "A obrigatoriedade apenas onerou os motoristas brasileiros, que se viram forçados a adquirir um equipamento que nunca apresentou resultados satisfatórios", justificou o deputado.

 

De acordo com o PL, as secretarias da fazenda dos estados deverão ressarcir os motoristas que foram lesados com o pagamento da multa, em um prazo de até 3 meses após sancionada a lei. Os ressarcimentos poderão ocorrer em forma de créditos ao condutor para abatimento em multas e tributos que estejam em atraso.

 

CASO - O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu tornar o uso do extintor de incêndio em automóveis optativo no Brasil. A decisão foi tomada na quinta-feira (17). A alteração na legislação ocorre após 90 dias de avaliação técnica e consulta aos setores envolvidos, e torna facultativo, também, em utilitários, caminhonetes e triciclos de cabine fechada. A obrigatoriedade do uso do equipamento foi estabelecida em 1968 e passou a vigorar em 1970.

 

Porém o equipamento será obrigatório para todos os veículos utilizados comercialmente para o transporte de passageiros, caminhões, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus e destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos e gasosos.

 

A prorrogação da data para a obrigatoriedade do extintor ABC, para 1º de outubro, teve como objetivo dar prazo para reuniões com os setores envolvidos.

 

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva informou que, dos 2 milhões de sinistros em veículos cobertos por seguros, 800 tiveram incêndio como causa. Desse total, apenas 24 informaram que usaram o extintor, equivalente a 3%.

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