Mais de 800 kg de explosivos e 766 metros de corda detonante foram apreendidos em Pernambuco durante a Operação Dínamo III, deflagrada pelo Ministério da Defesa e pelo Exército Brasileiro. Um estabelecimento comercial foi autuado na Zona da Mata, mas as autoridades não informaram a cidade. A ação teve início na quinta (16), mas segue em andamento até quarta (18).

A ação está sendo realizada em todo o território nacional com o objetivo de intensificar a fiscalização da produção, armazenamento, comécio, transporte e uso de explosivos e produtos correlatos. Um dos resultados esperados é coibir o uso indevido do material, como no caso de explosões a agências bancárias e caixas eletrônicos. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Pernambuco, somente em 2015 foram registrados 47 assaltos a banco, vários deles envolvendo explosões.

De acordo com o tenente-coronel Helder Barros Guimarães, chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 7ª Região Militar, a fiscalização visa coibir que o material chegue às mãos de quem, um dia, pode tentar explodir um banco. “Não posso falar diretamente, mas quando nós controlamos as empresas e cobramos os procedimentos adequados, isso inibe e coíbe o descaminho do material. Quando exigimos o cumprimento dos protocolos, estamos indiretamente evitando que o produto caia nas mãos de pessoas que vão usá-lo contra terceiros ou contra empresas”, pontua.

Os explosivos foram apreendidos porque estavam sendo transportados ou comercializados sem controle, de alguma forma. O motivo preciso da apreensão e da autuação da empresa não foi divulgado. Com a operação, o exército também está antecipando a fiscalização e manutenção da segurança da sociedade, que espera a chegada de grandes eventos no próximo ano, como os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

No Rio Grande do Norte, Alagoas e Paraíba, que também integram a 7ª Região Militar, foram apreendidos ainda mais 110 kg de explosivos e três espoletas. Outros três estabelecimentos foram autuados nos estados. O material confiscado, de acordo com Helder Guimarães, será destruído.

Esta é a terceira Operação Dínamo realizada pelo Exército somente em 2015. Os estabelecimentos autuados podem ser multados e fechados, além de terem o certificado de registro cancelado.  A operação também montou pontos de bloqueios nas fronteiras e outros pontos específicos do país para abordar o transporte de material explosivo, já que o produto pode transitar livremente entre estados. Participam da operação cerca de 2500 militares.

G1