Publicada em 18/11/2015 às 12h31.
Oficinas culturais e debates marcam Dia da Consciência Negra
Data é celebrada na sexta (20), mas já é lembrada a partir desta quarta (18).

Oficinas e debates sobre a produção cultural e a posição social do negro na sociedade brasileira dão início às comemorações do Dia da Consciência Negra no Recife. Celebrada na próxima sexta-feira (20), a data já começa a ser discutida nesta quarta (18). Um grupo de pernambucanas também participa da primeira Marcha das Mulheres Negras nesta manhã em Brasília. Além disso, há programação prevista no Morro da Conceição.


O Núcleo de Estudos da América Latina (Neal) e o Núcleo de Cultura Afro-Brasileira concentram algumas das atividades desta quarta no Recife. Em Apipucos, Zona Norte, o Neal promove oficinas de culinária afro e poesia voltada para a negritude. O encontro ainda vai discutir situações de preconceito com estudantes de 15 a 18 anos a partir das 14h.


O Neal também promove um debate sobre as possíveis semelhanças entre a exclusão dos guetos da Palestina e a das periferias do Recife. A conversa será comandada pela Aliança Palestina do Recife. Já no Bairro de São José, a ONG Cores do Amanhã comanda uma oficina de Hip Hop, Break e Graffiti. A atividade começa às 14h no Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, que fica no Pátio de São Pedro.


À noite, as comemorações continuam com o lançamento de um livro que aborda a identidade negra na sala de aula. Escrita pelo pernambucano Jorge Arruda, a obra será lançada às 19h no Teatro Arraial, na Rua da Aurora, Bairro do Recife. Promovido pela Prefeitura do Recife, o evento ainda vai homenagear o músico e percussionista Naná Vasconcelos, que vai receber o troféu Pérola Negra do Saber, do Movimento Negro de Pernambuco.

 

O percussionista Naná Vasconcelos será homenageado com o troféu Pérola Negra do Saber nesta quarta, durante lançamento de livro de Jorge Arruda sobre a identidade negra na sala de aula (Foto: Divulgação/SEC)


As atividades culturais dos afrodescendentes continuam sendo celebradas na quinta-feira (19). O Neal oferece oficinas de capoeira, dança afro, hip hop e de grafitagem a partir das 14h. Já o Núcleo de Cultura Afro-Brasileira oferece uma contação de história africana às 15h. Ainda na tarde de quinta, a mestranda em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Daniela Florêncio discute semelhanças sociais entre os continentes africano e americano, no Neal.


 

As celebrações culminam com um encontro de grupos culturais africanos no Pátio de São Pedro, centro do Recife, na noite de sexta-feira (20). O evento, organizado pelo Núcleo de Cultura Afro-Brasileira, começa às 18h e vai reunir manifestações diversas, como afoxé, maracatu e hip hop. Entre os grupos que já confirmaram presença estão o Maracatu Mirim Cambinda Estrela do Amanhã, o bloco Afro Ara Ylê, o afoxé Omo Obá Dê e o grupo de hip hop Cores Femininas.



Também haverá programação no Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife. A sexta (20) terá apresentações culturais gratuitas a partir das 20h, em frente à praça do bairro. Estão confirmados os grupos Afoxé Ará Omim, Adreina e Cia Plier, Ballet Tradicional Kilandukilu, Saber Mais e Coco d’ Olorum.  A iniciativa é do grupo juvenil Quebra Kabeça, com apoio da ONG Diaconia. A Praça também recebe, a partir das 15h, oficinas de turbante e aulão de ginástica com ritmos afros, sob o comando de professores da Academia da Cidade.

 

Pernambucanas viajaram de ônibus para Brasília para participar da primeira Marcha das Mulheres Negras nesta quarta-feira (18) (Foto: Divulgação / Secretaria da Mulher de Pernambuco)

 

Brasília


O Dia da Consciência Negra também é lembrado em Brasília nesta quarta-feira. Mulheres de todo o Brasil se reúnem nesta manhã no Ginásio Nilson Nelson para realizar uma passeata em direção ao Congresso Nacional e à Esplanada dos Ministérios. A caminhada foi batizada de primeira Marcha das Mulheres Negras e deve contar com a participação de aproximadamente 500 pernambucanas.


A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 20 mil brasileiras de diversos setores sociais. Trabalhadoras rurais, catadoras de material reciclável, pescadoras, marisqueiras, quilombolas, estudantes, mestras da cultura tradicional, empreendedoras e yalorixás devem participar da marcha, defendendo os direitos dos negros e das mulheres. Cada grupo também deve levar reivindicações específicas. As pernambucanas, por exemplo, defendem a criação de políticas públicas para as portadores da anemia falciforme.


 

Segundo a Secretaria da Mulher de Pernambuco, a doença atinge sobretudo a população negra. Só em Pernambuco, 62% dos portadores são negros e uma em cada 1,4 mil crianças nascidas vivas tem a anemia falciforme. Por isso, a pasta pede o fortalecimento das políticas de apoio aos portadores da doença, sobretudo em relação ao transplante que pode curá-la, mas hoje só é realizado em jovens de até 16 anos.

 

FONTE: G1

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