Aposentados, pensionistas e servidores públicos de Ribeirão, Mata Sul pernambucana, invadiram o prédio da prefeitura, no centro da cidade, na manhã desta quinta-feira (19/11). Eles reivindicam do prefeito o pagamento de três meses de salários pendentes, o que tem trazido sérios transtornos à parte da população e prejuízo financeiro ao comércio local.
A invasão teve início por volta das 10h. Gritando palavras de ordem contra Romeu Jacobina, prefeito da cidade, eles reclamavam do descaso a que estão sendo submetidos, alguns dod quais com família passando fome. Geraldina Maria Soares, 59, aposentada, em entrevista ao Portal Nova Mais, disse que alguns aposentados estão com dois meses e outros com três meses de salários atrasados. Ela diz que a situação chegou a um ponto insustentável e que foi preciso criar um movimento na frente da prefeitura para exigir que alguém tome providências:
- “Os aposentados estão passando fome mesmo. Nós arrecadamos alimentos para aqueles que estão mais necessitados. O prefeito se esconde e a equipe dele não tem uma resposta satisfatória para dar aos aposentados. A resposta sempre é ‘não tem dinheiro, não tem dinheiro’”, declarou.
PREFEITO SE DEFENDE
Na última quarta-feira (18/11), o prefeito de Ribeirão Romeu Jacobina esteve nos estúdios da Nova Quilombo FM e reconheceu o problema, mas culpou a falta de recursos no Fundo de Previdência do município desde o período de sua posse. Segundo ele, a solução só será conhecida quando houver aumento de arrecadação:
- “Eu não vou mentir, o problema existe mesmo. Mas desde que eu assumi que recebi da última gestão um Fundo de Previdência praticamente vazio. Some-se a isso uma diminuição do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) que atingiu todas as regiões. Mas nós resolveremos o problema quando conseguirmos aumentar a arrecadação com os impostos da cidade”, disse.
Na quarta-feira de manhã, houve um protesto que fechou por duas horas um trecho da BR-101, utilizando-se pneus queimados na estrada. Nele, as pessoas com pagamentos em atraso, com o apoio de vereadores da oposição, já exigiam a regularização dos salários.