Nada de valorizar o fato de a partida ser disputada com arquibancadas vazias ou de ficar “secando” os concorrentes pelo G-4. O técnico Paulo Roberto Falcão cobrou dos rubro-negros concentração total apenas naquilo que está ao alcance: o Atlético-PR, adversário deste domingo (22), às 18h30 (do Recife), na Ilha do Retiro, pela 36ª rodada do Brasileirão. Só ao fim do confronto é que o comandante vai se debruçar sobre a disputa pela vaga na Libertadores da América do ano que vem. Matemática que se tornou ainda mais complicada para o Sport após a vitória do São Paulo sobre o Atlético-MG (4x2), anteontem, no Morumbi. A desvantagem para a zona de acesso ao torneio continental subiu de dois para quatro pontos.
“Temos sempre que controlar o que podemos controlar, que é o nosso time, o nosso jogo, a nossa vitória. Falo isso sempre aos atletas. Temos que pensar e focar nos três pontos. É claro que é difícil. O Atlético-PR é um time rápido, um time de qualidade. Mas vamos fazer o que podemos. No domingo (amanhã), depois da rodada, vamos voltar a fazer contas”, afirmou Falcão, que reconheceu que a vitória do São Paulo acabou sendo uma surpresa – outros dois concorrentes diretos tropeçaram na rodada passada (Santos e Internacional). “O único resultado que não esperávamos foi o do São Paulo. Fugiu do que pensávamos. Achava que o Atlético podia ganhar ou empatar”, completou.
Mas é difícil para os rubro-negros não darem aquela espiadinha nos concorrentes diretos pela vaga na Libertadores. O atacante Hernane Brocador, por exemplo, fez a projeção de que o São Paulo terá um caminho mais difícil do que o do Sport nas próximas rodadas. “Sabemos que na próxima partida, o São Paulo tem um jogo difícil contra o Corinthians, e o Sport, teoricamente, por jogar em casa, seria mais fácil. São jogos difíceis nessa reta final do campeonato, mas o Sport está pronto”, avaliou o centroavante, que pela sexta vez na temporada será titular com a camisa do Leão.
Sobre a partida de portões fechados, Falcão lamentou a punição do STJD, mas minimizou os efeitos que ela pode ter sobre o time em campo – o Sport perdeu um mando de campo por conta de uma briga envolvendo membros da organizada Torcida Jovem no estádio Couto Pereira, no dia 2 de setembro, em Curitiba. “Acho que o torcedor tem que estar no estádio. É a razão do nosso trabalho, é a beleza do espetáculo. Muitas vezes, o clube não tem como evitar determinadas coisas e, mesmo assim, é punido. Por isso, acho que foi uma punição injusta. Mas não temos que ficar preocupados com isso. Temos que estar preocupados em criar uma situação para ganhar a partida”, afirmou. “Isso não vai ser o motivo principal para que não atuemos bem”, completou.
