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Uma análise de laboratório feita em latinhas de bebidas demonstrou o perigo do consumo sem o devido cuidado com a higiene. A pesquisa foi feita nos produtos mais comuns, como cerveja, refrigerante e suco, apontando mais de 45 mil bactérias e cerca de 10 mil fungos. Os produtos estavam acondicionados em bares; geladeiras e prateleiras de supermercados; padarias; e postos de combustíveis, todos prontos para serem comercializados. Geralmente levados diretamente à boca, com ingestão imediata, as peças sinalizam um grande risco à saúde.
O estudo foi realizado no laboratório do UniMetrocamp, em São Paulo, conveniado ao Centro Universitário UniFBV|Wyden, com sede no Recife. No trabalho, coordenado pela microbiologista Rosana Siqueira, foram analisadas 31 latinhas, sendo encontrados micro-organismos em 29 delas.
Os elementos podem causar desde a intoxicação alimentar até uma série de doenças, como a diarreia, vômitos, febre, infecção urinária e até conjuntivite. Entre os destaques, a presença de Escherichia coli, que são coliformes fecais e foram encontrados nas tampas e nas bordas.
Com a chegada do período carnavalesco, onde o consumo de bebidas é expressivamente ampliado nos blocos e festas de rua, é preciso redobrar a atenção. De acordo com a biomédica, mestre em saúde pública e professora do UniFBV|Wyden, Mariana Figueiredo, a recomendação é de que as latinhas sejam lavadas com água e sabão. Na impossibilidade, no meio da folia, vale a dica de utilizar canudos reutilizáveis bem higienizados.
"Não adianta adotar copos plásticos se a lata não estiver bem limpa, pois estará apenas transferindo o problema de lugar. Ao ter contato, é importante não levar a mão ao rosto, tocar a boca ou coçar os olhos, além de não compartilhar a mesma bebida", explica. Ela lembra que no caso do consumo de água, por exemplo, a melhor alternativa está nas garrafas, prevalecendo as mesmas dicas de limpeza.
FONTE: DP