Publicada em 24/02/2020 às 09h27.
Solteiros têm um risco 42% superior de sofrer de demência
Será mesmo que o casamento pode ajudar a evitar a demência? Um novo estudo sugere que sim.

Imagem: reprodução


Um novo estudo divulgado pela BBC News argumenta que indivíduos solteiros apresentam uma probabilidade 42% mais elevada de desenvolver a doença degenerativa do foro neurológico ao longo da vida, comparativamente aos seus pares casados.


O estudo, realizado por investigadores da University College London (UCL), no Reino Unido, demonstra que entre os viúvos, esse risco é 20% maior, enquanto os divorciados têm o mesmo risco de sofrer de demência que pessoas casadas.


Para efeitos daquela meta-análise, os académicos analisaram e compararam 15 estudos individuais realizados anteriormente, que envolveram 812 mil participantes, acerca da possível relação entre estado civil e demência.


Conforme aponta a BBC, a descoberta, publicada na revista científica Journal of Neurology, Neurosurgery, and Psychiatry, pode ser explicada de diversas formas.


Os investigadores argumentam que o casamento pode mudar a exposição das pessoas a fatores de risco e de proteção em relação à demência. Estudos mostram, por exemplo, que quem é casado costuma adotar estilos de vida mais saudáveis.


"Os cônjuges podem ajudar a incentivar hábitos saudáveis, cuidar da saúde dos parceiros e dar um apoio social importante", refere Laura Phipps, do Alzheimer's Research UK, instituto de pesquisa sobre a doença, considerada a forma mais comum de demência.


Pesquisas anteriores já haviam provado, que entre os fatores que contribuem para o aumento do risco de demência, estão por exemplo: sedentarismo, hipertensão, obesidade, isolamento social, baixo grau de escolaridade.


A importância de socializar


O novo estudo alerta ainda que há provas científicas de que quem é casado está igualmente mais propenso a manter mais relações sociais.


De acordo com a pesquisa, a interação social ajuda a construir uma reserva cognitiva e a reduzir o risco de desenvolver demência ao longo da vida.


"O estudo sugere que a interação social pode ajudar a construir uma reserva cognitiva - uma resiliência mental que permite que as pessoas vivam por mais tempo com uma doença como o Alzheimer antes de apresentar os sintomas", explica Phipps.


O impacto do luto


O luto poderá ainda ter uma correlação direta com o aumento do risco de demência. Isto é, o stress provocado pela perda do conjugue tem um efeito prejudicial sobre os neurónios do hipocampo do cérebro (considerado a sede da memória em nosso cérebro), o que explicaria a incidência maior da doença entre os viúvos.


Outra possível explicação é que o surgimento da demência esteja relacionado a aspetos cognitivos - que influenciam o comportamento de cada indivíduo - e traços da personalidade.


Segundo o estudo, pessoas com dificuldade de flexibilidade de pensamento ou comunicação - e consequentemente menor reserva cognitiva - podem ser menos propensas a se casar, em sociedades na qual o casamento é considerado norma social. Logo, haveria apenas uma correlação entre os fatores: pessoas que desenvolvem demência também costumam ser solteiras, e as duas condições seriam resultantes de um terceiro fator.


FONTE: NOTÍCIAS AO MINUTO 

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