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Após pronunciamento em rede nacional em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) critica a imprensa e as medidas de isolamento contra o novo coronavírus tomadas por governadores e prefeitos, orienta a abertura de escolas e vai na contramão da OMS e dos outros países do mundo, políticos pernambucanos repudiaram imediatamente o posicionamento do chefe do executivo nacional.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), não aliviou nas críticas ao presidente. "Enquanto líderes de vários países tomam medidas necessárias para conter o avanço no novo Coronavírus, aqui no Brasil, em pronunciamento veiculado em Rede Nacional, o presidente Jair Bolsonaro vai contramão do que defendem autoridades sanitárias e o próprio Ministério da Saúde. Discurso que, lamentavelmente, comprova que o Brasil está sem comando num dos momentos mais desafiadores da história", apontou. "O sacrifício é imenso, mas todo esforço tem o único objetivo de salvar vidas. Por isso, em PE, as medidas estão mantidas. É tempo de serenidade, união e trabalho", concluiu o governador em postagem no Twitter.

A deputada federal e pré-candidata à Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), também se posicionou contra o presidente. "Bolsonaro sempre foi na contramão da História e da Ciência. Agora, o Brasil está em GUERRA contra o covid-19: o povo de um lado, Bolsonaro de outro. Com ou sem ele, venceremos. Todo mundo já sabia que o presidente do Brasil era um pateta. Agora, perante o mundo, se comporta oficialmente como genocida, com uma irresponsabilidade inadmissível com o país e os brasileiros. Fiquem em casa. Bolsonaro: vá pra casa. Acabou!", postou a parlamentar.

O também deputado federal e pré-candidato à PCR João Campos (PSB) foi outro parlamentar a criticar a atitude de Bolsonaro. "Parece mentira! Mais uma fala surreal do presidente Bolsonaro, que insiste em andar na contramão do mundo. Todas as grandes nações estão seguindo com rigor as medidas necessárias para conter o #COVID19. Só ele insiste em fazer diferente".

"Fiquei estarrecido com o pronunciamento do presidente Bolsonaro. Ele autoriza a volta da população às ruas, ao comércio, escolas, sem nenhum argumento técnico. A fala vai na contramão de todos os líderes mundiais, OMS, Ministério da Saúde, governadores e prefeitos de todo Brasil", tuitou o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos).

O deputado federal Carlos Veras (PT) questionou a falta de responsabilidade do pronunciamento. "Bolsonaro insiste no mesmo discurso irresponsável: que a pandemia do coronavírus trata-se de uma histeria. Quantas vidas o Brasil precisa perder para o presidente entender a gravidade da situação?", disse.

"Infelizmente, mais uma vez, o presidente Bolsonaro vai na contramão de todas as evidências internacionais. Parece estar alheio a tudo que acontece no mundo e começa a acontecer no Brasil. Para vencer o Coronavírus, temos que fazer o que é certo, realizar o isolamento social e abreviar esse drama. Ao mesmo tempo, precisamos dotar de recursos o sistema público de saúde e apoiar os trabalhadores, as empresas, as pessoas com atividades informais e os mais pobres, que dependem dos programas sociais. Se cada um fizer a sua parte, vamos atravessar mais rapidamente este momento de ameaça e sofrimento. Farei a minha parte no Congresso Nacional", escreveu o deputado federal Raul Henry (MDB).

O líder do PT no Senado, Humberto Costa foi mais um a repudiar o discurso presidencial. "Bolsonaro chamou o #Covid19 de “gripezinha, resfriadozinho, histeria”, num gesto de desrespeito às vítimas fatais, suas famílias e todo o país. Atacou a imprensa uma vez mais. Em vez de tentar se restaurar no cargo de presidente, usou sua fala para ridicularizar o grave momento. Jair Bolsonaro poderia ter usado o pronunciamento desta noite para tentar restaurar sua legitimidade no cargo. Perdeu a oportunidade. Esse governo chegou ao fim. Não tem mais salvação. #ForaBolsonaro", postou.

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FONTE: FOLHA PE