Canil Monteiros / Reprodução de arquivo pessoal.
A palavra canil pode ainda
não trazer uma imagem muito positiva devido à falta de divulgação sobre o
assunto, mas quando se conhece que são espaços bem planejados e cuidados,
feitos para proporcionar bem-estar aos animais, a interpretação da palavra
começa a mudar.
Canil é um local construído
para servir de alojamento/abrigo de diversos animais, inclusive cachorros.
Existem diversos tipos: canis que acolhem animais abandonados, outros que
servem como santuário de animais, ou ainda, Canis que servem como criatórios,
se dedicando a raças pré-selecionadas e cuidando da genética, estética e
comportamento dos bichos.
Em ambientes assim, o
cuidado começa já na hora da cruza, onde são observadas as características
genéticas dos animais, analisando as melhores possibilidades para que resultem
em filhotes com determinadas características pré-definidas. Mário Monteiro,
fundador do Canil Monteiros, explica como é feito o estudo genético antes de
ser realizada uma cruza: “Primeiramente, as pessoas têm que entender que para
se ter uma linhagem, em geral, você tem que ter o nome do canil pelo menos
quatro vezes no pedigree. Indo agora para a parte estatística, na hora de uma
cruza levamos em conta a conformação, que representa o fenótipo, a forma do cão
dentro do padrão da raça. As características físicas e comportamentais com base
no padrão da raça, costuma ser o principal objetivo das cruzas. Diante disto,
cada animal é analisado e são verificadas quais as características genéticas se
combinam para produzir um animal cada vez mais próximo do padrão da raça”.
Ainda dentro da análise da
cruza e da constituição de uma linhagem, Mário reforça que são evitadas cruzas
com graus de parentescos muito próximos, como por exemplo, cães irmãos da mesma
ninhada. Mas é sim possível o chamado fechamento de sangue, “Que é quando os
filhotes possuem, por exemplo, o mesmo pai e mães diferentes, ou seja, quando
são meios-irmãos. Tudo vai depender de quais características se pretente ser
firmar na criação”, completa Mário Monteiro.