Publicada em 26/11/2015 às 11h18.
Projeto que acelera licença ambiental a mineradoras é aprovado em Minas
A medida também obrigará a instalação de alertas sonoros em comunidades que podem ser atingidas por barragens.

Vinte dias depois da tragédia em Mariana (MG), um controverso projeto de lei proposto pelo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), que acelera a concessão de licenças ambientais a empresas de mineração foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado nesta quarta-feira (25). A proposta visa reestruturar o Sistema Estadual de Meio Ambiente e dará, por exemplo, poderes para o secretário de Meio Ambiente conceder licenças em casos considerados "prioritários". A medida também obrigará a instalação de alertas sonoros em comunidades que podem ser atingidas por barragens.

Atualmente as licenças de instalação e operação das mineradoras são concedidas pelo Copam (Conselho Estadual de Política Ambiental), que é formado por representantes do governo e da sociedade civil. Com a mudança, o órgão dividirá com a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a atribuição. O conselho cuidará apenas de processos de empreendimentos de grande potencial poluidor. Empresas grandes cuja poluição é considerada média também terão os pedidos analisados pelo órgão, que será responsável ainda por casos onde houver supressão de vegetação em estágio de regeneração médio e avançado e em áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade.

A Secretaria de Meio Ambiente poderá decidir sobre o licenciamento, por meio de suas superintendências regionais, quando os empreendimentos forem de grande porte e pequeno potencial poluidor, médio porte e médio potencial poluidor e de de pequeno porte e grande potencial poluidor. A proposta também cria a categoria de "projetos prioritários", que receberão essa classificação após análise da relevância do empreendimento para a proteção do meio ambiente ou desenvolvimento social e econômico de Minas. Os projetos prioritários serão analisados pelo próprio secretário de Meio Ambiente quando for público e pelo Cedes (Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social), caso seja privado.

As aprovações das licenças deverão ocorrer em até seis meses, podendo o prazo ser ampliado para um ano quando houver exigência de estudos e relatórios de impacto ambiental. Caso o processo não seja decidido no prazo, eles seguirão para o Copam. As licenças de construção, instalação e ampliação, que são concedidas separadamente, também poderão ser dadas de uma única vez.

Avisos sonoros


O projeto de lei, que tramitava em regime de urgência, foi aprovado com 57 votos, em turno único. Nove deputados votaram contra. Ele seguirá para sanção do governador. O texto aprovado incorporou dez emendas. Para a concessão de licença para empreendimentos que coloquem comunidades em risco, será obrigatória a entrega de planos de ação de emergência, de contingência e de comunicação de risco. Os planos deverão prever sistemas de alertas sonoros ou alguma outro sistema eletrônico de comunicação.


FONTE: FOLHAPE

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