O senador Armando Monteiro (PTB), que se afastou do cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para se posicionar contra o impeachment, usará o seu voto para prestar “solidariedade à presidente”. “Fiz muita questão de reassumir a minha função no Senado. Como integrante do governo, posso testemunhar a integridade da presidente Dilma, o seu espírito público e a forma como ela atuou neste período”, disse.
Segundo o petebista, “os requisitos constitucionais não estão sendo atingidos”. “Votar a favor do impeachment é contribuir para uma ruptura institucional. Portanto, eu tenho firme convicção de que o Brasil não pode admitir uma ruptura institucional, que acarretará no afastamento de uma presidente que foi legitimamente eleita”, ressaltou.
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) é o único parlamentar pernambucano que votará pela abertura do processo, apesar de ter participado do governo petista entre os anos de 2011 e 2013, como ministro da Integração Nacional, durante o governo do ex-presidente Lula. A nomeação do seu filho, o deputado federal Fernando Filho (PSB), como ministro da Integração do possível governo comandado por Michel Temer é cogitada, apesar das resistências de membros do partido, como o governador Paulo Câmara, e do PMDB desejar a pasta.
Ontem, em reunião da executiva nacional do PSB, em Brasília, a cúpula socialista se reuniu justamente para deliberar sobre o apoio ao peemedebista. Após o encontro, Fernando Bezerra Coelho afirmou que as bancadas da sigla no Senado e na Câmara Federal defenderam “a participação da legenda no provável novo Governo Federal”. Na avaliação do PSB, “ao presidente da República deve ser facultada ampla liberdade para compor o governo, consideradas a gravidade da crise e a necessidade de se reunir quadros que emprestem ao Brasil o sentimento de que foram mobilizados os melhores para cada área, tenham eles origem no mundo político ou na sociedade civil”, declarou.
Folha Pe