Os cinco primeiros senadores que discussaram no Senado na manhã desta quarta-feira (11) se manifestaram a favor da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O primeiro bloco de discussões durou 2h30 e foi interrompido pouco antes das 13h pelo presidente da casa, Renan Calheiros (PSDB-AL), para almoço. A sessão foi retomada às 14h26.
Estão inscritos para discursar 68 senadores. Um novo intervalo, com uma hora de duração, está previsto para as 18h. Confira o que disse cada senador, na sequência dos discursos:
Ana Amélia (PP-RS)
"No momento em que estamos escrevendo uma página na história Política Brasileira, tão grave e tão especial, precisamos de paciência, serenidade e de responsabilidade.(...) Nós aqui não temos nenhuma alegria, nenhuma satisfação de estar decidindo e julgando um político". "Não é feliz o momento de hoje, mesmo sabendo da responsabilidade que paira nos nossos ombros e da sociedade que tem pressa". "O meu julgamento aqui será um julgamento no convencimento do que está contido no relatório do senador Antônio Anastasia (...) e é por isso que encaminho meu voto favorável".
José Medeiros (PSD-MT)
"Os tempos atuais são tão difíceis quanto democráticos. É preciso jogar o jogo da verdade (...) sem chicanas e manobras". "Aqui não compete ser só honesta, tem que parecer ser honesta sempre". "Dizer que 54 milhões de votos dão legitimidade à presidente pra fazer o que quiser não é verdade (...) Aqui deixamos claro para a nação que o processo foi bem conduzido, por isso encaminho e declaro que vou votar pelo afastamento da Presidente da República".
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
"Desde o início deste processo, a base de sustentação do Governo, que vem, aliás, se reduzindo como uma cama de Procusto, vem se sustentando num argumento que considero meramente retórico de que não existe nenhum artigo da Lei ou da Constituição cuja transgressão possa ser atribuida à presidente da República. A sociedade brasileira acordou. Dilma perdeu todas as oportunidades e agora é tarde. Com a mesma teimosia, a mesma inépcia, a mesma irresponsabilidade, escorada em chamados movimentos sociais que são a expressão de um radicalismo que o povo não admite, não aceita. Este processo não tem mais volta (...) Tenho certeza que o vice-presidente não nos decepcionará".
Marta Suplicy (PMDB-SP)
"Os crimes de responsabilidade são de natureza político-administrativa. (...) Estou convencida de que há indícios mais do que suficientes dos crimes de responsabilidade cometidos pela presidente da República que nos permitem o juízo jurídico. A gravíssima situação brasileira pede ações refletidas, porém rápidas. Temos que recuperar e criar empregos, investir em tecnologia e educação de qualidade. A esperança vencerá a desconfiança e a dúvida. Por São Paulo e pelo Brasil, o meu voto é sim".
Ataídes Oliveira (PSDB - TO)
"Dilma vai ser cassada e você, Lula, vai responder por tudo o que fez. Futuro presidente Michel Temer, não decepcione o povo brasileiro. Seu governo terá meu apoio para implantar as medidas necessárias, mas não deixarei de fiscalizá-las também".
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
"O verdadeiro golpe é o desemprego. O PT assinou o AI-5 mais danoso do país, decretou o fim de 11 milhões e 100 mil empregos".
Zezé Perrela (PTB-MG)
"Os motivos para votar o impeachment não são só as pedaladas fiscais, que já seriam suficientemente (sic) [...] Mas o povo foi na rua contra a roubalheira que esses partidos fizeram com o Brasil".
Magno Malta (PR-ES)
"Nós viramos chacota do mundo. Eles avançaram e disseram que o Brasil é pátria educadora. Como pátria educadora se o primeiro corte feito foi na educação?"
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
"O presidencialismo não é uma monarquia absoluta com prazo determinado, o que acabaria por fazer com que amargássemos por tempo determinado um mandato presidencial, assim como os seus desmandos e a irresponsabilidade de um mau governo. E é nesse sistema de controle que se insere o impeachment, o mais amargo dos remédios para se afastar um mau governante que pratica crimes".
Romário (PSB-RJ)
"Cheguei a conclusão de que há, sim, indícios de crime responsabilidade fiscal cometido pela presidente da república que precisam ser apurados".
Telmário Mota (PDT-RR)
"Estamos vivendo, hoje, um momento histórico e vergonhoso. Nunca se ouviu falar tanto em democracia. Nunca se ouviu falar tanto na constituição. [...] No entanto, essa democracia não está sendo respeitada. O voto democrático nas urnas, neste momento, está sendo retirado dos milhares e milhares de eleitores que fizeram uma opção".
Sérgio Petecão (PSD-AC)
"Não é desse tipo de política que o Brasil precisa. Alias, é exatamente isso que o país não quer mais. A presidente Dilma Roussef sofre, hoje, um processo em razão de ter cometido um crime de responsabilidade fiscal. (...) Estou convencido que nós vamos encaminhar o nosso voto a favor do impeachment".
Dário Berger (PMBD-SC)
"Nunca tivemos uma recessão econômica tão duradoura e tão prolongada. (...) A presidente da república não possui mais as mínimas condições de governabilidade. Perdeu o apoio da sociedade, perdeu o apoio do Congresso Nacional, perdeu a confiança dos agentes econômicos e suas sucessivas decisões equivocadas estão levando o setor público à falência. O que é certo é que como está não podemos ficar".
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
"A sociedade brasileira acordou. Dilma perdeu todas as oportunidades e agora é tarde. Com a mesma teimosia, a mesma inépcia, a mesma irresponsabilidade, escorada em chamados movimentos sociais que são a expressão de um radicalismo que o povo não admite, não aceita. Este processo não tem mais volta (...) Tenho certeza que o vice-presidente não nos decepcionará".
Simone Tebet (PMDB-MS)
"O processo de impeachment é previsto na Constituição. (...) O que estamos vendo aqui não é golpe. (...) Eu venho com a convicção para afirmar ao Brasil que eu voto sim pelo juízo de admissibilidade desse processo. Porque também em 2015 há indícios muito sérios de crime de responsabilidade com a materialidade do fato e autoria da senhora presidente da república".
Marta Suplicy (PMDB-SP)
"Os crimes de responsabilidade são de natureza político-administrativa. (...) Estou convencida de que há indícios mais do que suficientes dos crimes de responsabilidade cometidos pela presidente da república que nos permitem o juízo jurídico. A gravíssima situação brasileira pede ações refletidas, porém rápidas. Temos que recuperar e criar empregos, investir em tecnologia e educação de qualidade. A esperança vencerá a desconfiança e a dúvida. Por São Paulo e pelo Brasil, o meu voto é sim", disse Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo.
Cristóvão Buarque (PPS-DF)
"Este é um momento que a gente prefere não viver na política. (...) Mas ao mesmo tempo, são esses momentos que engrandecem, quando você toma a posição que é correta, necessária, embora incômoda. (...) Minha primeira manifestação política foi cercando o palácio do governador Miguel Arraes para não deixar que ele fosse derrubado pelo Golpe Militar. Esse foi o meu primeiro gesto. E, de repente, aqui estou eu, cinquenta anos depois, para discutir a necessidade ou não da destituição de uma presidente. (...) Por incrível que pareça, eu voto pela admissibilidade com a mesma convicção como fiz ao redor do palácio do governador Arraes movimento para que ele não fosse derrubado".
Ataíde Oliveira (PSDB-TO)
"Dilma vai ser cassada e você, Lula, vai responder por tudo o que fez. Futuro presidente Michel Temer, não decepcione o povo brasileiro. Seu governo terá meu apoio para implantar as medidas necessárias, mas não deixarei de fiscalizá-las também".
Folha Pe