Publicada em 04/08/2016 às 09h41.
Pernambuco registra cinco surtos de caxumba em 2016
Ao todo, pelo menos 94 pessoas foram diagnosticadas com a doença que não tem notificação compulsória.

De janeiro a julho deste ano, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) já registrou cinco surtos de caxumba no Estado. Ao todo, pelo menos 94 pessoas foram diagnosticadas com a doença que não tem notificação compulsória, ou seja, não é obrigatório o registro da mesma junto aos órgãos de saúde. No ano passado, no entanto, nenhum surto de caxumba foi contabilizado pela secretaria, por isso não há números para realizar comparativos.

 

Os surtos deste ano foram registrados na Região Metropolitana do Recife: duas vezes no Recife, com 58 pessoas contaminadas, outras duas em Olinda, com 27 afetadas, e uma vez em Jaboatão dos Guararapes, onde nove pessoas adoeceram.

A caxumba é uma doença viral aguda, caracterizada por febre, dor e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, com predileção pelas parótidas e, às vezes, pelas sublinguais ou submandibulares. Ela ocorre primariamente na crianças em idade escolar e no adolescente. A doença também conhecida com parotidite ou papeira.

 

Geralmente com evolução benigna, pode se apresentar, eventualmente, na forma grave, chegando a determinar hospitalização do doente. A caxumba é doença de distribuição universal, de alta morbidade e baixa letalidade, aparecendo sob a forma endêmica ou surtos. Ela é transmitida pelo ar, através de tosse e espirros, ou por contato direto com saliva, causada por um vírus da família paramyxoviridae. O período de incubação do vírus varia entre 14 e 25 dias. Confira os sintomas

 

 - Inchaço doloroso nas laterais da face e do pescoço;

- Febre;

- Dor de cabeça;

- Dor ao engolir;

- Perda do apetite;

- Astenia (fraqueza no corpo).

 

O diagnóstico é feito por um clínico geral através da anamnese e exame físico, mas existem exames laboratoriais, como teste da saliva ou de sangue, que ajudam a identificar a doença. Segundo a médica Andrezza de Vasconcelos, infectologista do Hospital Jayme da Fonte, no Recife, o tratamento é feito, em geral, sem muitas complicações: “A caxumba geralmente é benigna e seu tratamento é feito com analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas, já que não existe medicamento para eliminar o vírus. Deve-se beber muito líquido e aplicar compressa morna nos locais inchados para alívio da dor e regressão do edema.”

 

As complicações da caxumba são raras, mas quando acontecem podem causar surdez; meningite viral; orquite - inflamação dos testículos; oforite - inflamação dos ovários; e aborto. 

 

 

A prevenção é feita através da vacina tríplice viral, fornecida pelo Ministério da Saúde, que protege contra a caxumba, o sarampo e a rubéola, a partir dos 12 meses de idade. “Adultos e adolescentes (principalmente mulheres que planejam engravidar), não imunizados na infância e que nunca foram infectados, devem receber a vacina. A eficácia da vacina é de 97%", conclui a médica.


NE 10

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2024
Desenvolvido por RODRIGOTI