Uma rinha de galo que funcionava em Toritama, no Agresde de Pernambuco, foi fechada no último sábado (22). No local, foram apreendidos 145 galos de briga e o proprietário foi multado em R$ 435 mil por crime ambiental. No momento da operação, havia 170 pessoas no local.

No sítio Cacimba, onde foi encontrada a rinha, os policiais e fiscais ambientais constataram a existência de uma estrutura especialmente criada para a prática da briga de galo, o que configura crime no Brasil. Os galos ficavam em casinhas individuais (onde permanecerão, até a nova destinação, possivelmente para doação) e foram montadas três arenas, onde os animais eram colocados para os confrontos, que só terminavam quando um deles morria. Ao redor das arenas, havia área para pessoas assistirem as brigas, provavelmente fazendo apostas. No momento da ação, um galo sangrava bastante.

A apreensão foi feita pela delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, para onde cinco pessoas foram levadas ainda na noite do sábado, entre elas o proprietário da rinha. Para ele, a CPRH fixou a multa máxima da lei de crimes ambientais, no caso de maus tratos a animais. A multa vai de R$ 500 a R$ 3 mil por animal e, como houve o agravante do flagra ocorrer à noite e no fim de semana (em tese, quando há menos chance de fiscalização), o valor estipulado foi o maior. Dos detidos na operação, apenas um ficou preso, por ter sido constatado que se tratava de um foragido.

Aves silvestres

Antes de se deslocar para Toritama, os fiscais ambientais apreenderam 43 aves silvestres nas unidades de conservação Pedra D'Antas e Frei Caneca, nos municípios de Lagoa dos Gatos e Jaqueira, respectivamente. Atendendo outra denúncia, a equipe também esteve na feira de pássaros do bairro São José, em Garanhuns, onde 131 aves e duas iguanas foram apreendidas. Nesta ação, também participaram policiais da 1º Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma).

Folha PE