Publicada em 27/03/2017 às 05h45.
Procuradoria pede prisão da ex-presidente sul-coreana por corrupção
Park Geun-hye foi destituída do cargo no início do mês após escândalo de abuso de poder. Eleições no país estão marcadas para maio.

Líder sul-coreana deposta, Park Geun-hye, chega à sede da procuradoria, em Seul, para depor na semana passada (Foto: Kim Hong-ji/Pool AP)

 

O Ministério Público da Coreia do Sul solicitou nesta segunda-feira (27) a detenção da ex-presidente Park Geun-hye por acusações de corrupção relacionadas com o caso da "Rasputina", que já provocou sua destituição como chefe de Estado no início deste mês.


Os investigadores consideram que Park é suspeita de suborno, abuso de poder, coação e de revelar segredos de Estado a sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina" por sua proximidade com a ex-presidente, segundo um comunicado da procuradoria divulgado por veículos de comunicação sul-coreanos.


"Seria injusto não pedir uma ordem (de detenção) levando em conta que sua cúmplice Choi Soon-sil, assim como os funcionários que seguiram suas ordens e aqueles que pagaram subornos, foram todos detidos", destaca o texto.


Após perder sua imunidade presidencial ao ser destituída no último dia 10 de março, a ex-presidente se submeteu na semana passada a um intenso interrogatório dos procuradores que durou mais de 21 horas e no qual Park, de 65 anos, insistiu em sua inocência.


"Foram recolhidas muitas provas até agora, mas como a suspeita nega a maioria das acusações criminais, existe a possibilidade que tenha destruído provas", acrescenta o comunicado da procuradoria.


Os investigadores ressaltam que estas acusações são muito sérias, já que acreditam ter provado que Park abusou "de seu poderoso cargo e autoridade" na hora de permitir que Choi extorquisse empresas e de repassá-la segredos de Estado apesar de a amiga não ostentar qualquer cargo público.


Se o tribunal do distrito central de Seul emitir a ordem pedida pela procuradoria, Park se tornará o terceiro chefe de Estado sul-coreano a ser detido depois do general Chun Doo-hwan e de Roh Tae-woo.


Park foi destituída no último dia 10 de março, quando o Tribunal Constitucional considerou que vulnerou a Carta Magna ao confabular com sua amiga Choi Soon-sil para criar uma rede de troca de favores.


Até agora 30 pessoas foram acusadas pelo escândalo da "Rasputina", que envolve 53 empresas, entre elas gigantes como LG, Hyundai e Samsung, cujo presidente de fato, Lee Jae-yong, permanece detido desde fevereiro e está sendo processado por supostamente ter aprovado o pagamento de subornos à rede criada por Choi.

 

 

 

 

G1

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