Publicada em 29/05/2017 às 15h34.
Pior chuva desde 1982 deixa mais de mil famílias desabrigadas e desalojadas em Ribeirão
Um dos municípios mais atingidos, Ribeirão transformou suas escolas em pontos de abrigo para os desabrigados.

Foto: Reprodução/Google


Em 20 horas, choveu o equivalente ao esperado para todo o mês de maio em municípios da Zona da Mata e do Agreste de Pernambuco, entre o sábado (27) e o domingo (28), segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). Em Ribeirão, na Mata Sul, as precipitações deixaram um rastro de enchentes e deslizamentos, que obrigaram mais de mil famílias a deixar as casas onde moravam e se abrigar em cinco escolas da cidade, que abriram as portas para servir de morada de quem ficou sem teto.


De acordo com a Defesa Civil de Ribeirão, esta foi a maior chuva registrada no município, desde 1982. Quase 300 milímetros de chuva foram registrados pela Apac. Um dos maiores distritos da cidade, Aripibu, a cerca de nove quilômetros do centro, fica localizado às margens do Rio Ribeirão, que corta quase toda a cidade.


O povoado foi um dos mais atingidos pela enchente, que destruiu a ponte que serve como único acesso terrestre ao município. Os moradores ficaram ilhados, já que os transportes foram interrompidos, e quem precisou sair do local precisou enfrentar a correnteza segurando numa corda improvisada.


Ao todo, há 112 famílias abrigadas nas cinco unidades de ensino do município. Carol Jordão, secretária de Educação do município, informou que as aulas foram suspensas em todas as escolas da cidade e os postos de saúde do local não tiveram condições de funcionar. "Em Aripibu, não tivemos condições de fazer qualquer análise, porque a ponte só permite a passagem a pé, ainda assim, ainda vai ser avaliada por ter risco de desmoronar", disse.


No município, o fornecimento de água foi suspenso até sexta-feira (2), porque, segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a chuva também inundou a estação de tratamento que atende à localidade. Em algumas regiões, o fornecimento de energia elétrica também havia sido danificado, mas voltou a funcionar nesta segunda-feira.


Calamidade


Chuvas provocam mortes e estragos em PE (Foto: Editoria de Arte/G1)
Chuvas provocam mortes e estragos em PE (Foto: Editoria de Arte/G1)

Ainda em Caruaru, mais de 200 ruas foram danificadas, 30 muros de escolas correm o risco de desabar, unidades de saúde foram atingidas, 13 casas desabaram, e a Casa de Saúde Bom Jesus e a prefeitura foram parcialmente interditadas por causa das chuvas.


Em Rio Formoso, na Zona da Mata Sul, até um hospital foi invadido pela água. A previsão da Apac para esta segunda-feira (29) é de chuvas fracas a moderadas em todo o litoral do estado, especialmente na Zona da Mata Norte de Pernambuco.


Em reunião com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, o presidente da República, Michel Temer, autorizou, também no domingo (28), o envio de ajuda humanitária para atender as cidades pernambucanas em estado de calamidade devido às fortes chuvas que caíram nos últimos dias, na Zona da Mata Sul e no Agreste do estado. Ele ainda se comprometeu com a liberação de uma linha de crédito de R$ 600 milhões, junto ao BNDES, para obras no estado.


Causa das fortes chuvas


No Nordeste, as chuvas ocorrem por causa de um fluxo de vento que vem do oceano carregado de ar úmido, formando nuvens carregadas na costa e na Zona da Mata. De acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia, trata-se de um sistema chamado onda de leste, comum nesta região no outono e inverno.


G1

 

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