As investigações apontam que Lozano foi morto dentro de casa pela mãe, Tatiana Lozano Pereira, que contou com a ajuda de outros três jovens. Em seguida, ela e o marido, padrasto da vítima, queimaram o corpo às margens da Rodovia José Fregonsei. O Ministério Público ainda acusa Tatiana de homofobia. Todos os suspeitos estão presos.
O teste de DNA foi feito no mês passado e o material recolhido para análise foi do avô paterno de Itaberli. É o segundo exame pedido pela investigação, já que o primeiro, com material da mãe, foi inconclusivo.
A família cobrava um laudo final para poder sepultar o corpo, que permanece no IML de Ribeirão Preto (SP) desde que foi encontrado.
O delegado Helton Henz, que investiga o caso, teve acesso ao exame na manhã desta quinta-feira e o encaminhou ao poder judiciário para ser anexado ao processo. A família também será comunicada pela Polícia Civil. Ele afirma que as investigações não mudam com o resultado do exame.
Itaberli Lozano foi morto na madrugada do dia 29 de dezembro a facadas, dentro de casa pela própria mãe, a gerente de supermercado Tatiana Lozano Pereira, de 32 anos, que confessou o crime e foi presa.
Tatiana afirma ter sido ajudada por Victor Roberto da Silva, de 19 anos, e Miller da Silva Barissa, de 18, que foram aliciados por ela para armar uma emboscada e dar um “corretivo” em Itaberli.
Um dos jovens confessou ter espancado a vítima, enquanto o outro disse que apenas conversou com o rapaz. Segundo a Polícia Civil, no entanto, ambos espancaram e enforcaram a vítima, antes de a mãe esfaquear o próprio filho. A dupla foi presa no dia 13 de janeiro.
Duas semanas depois, uma estudante de 16 anos foi apreendida, após confessar, em depoimento, que presenciou o momento em que Tatiana matou o filho. A Promotoria acredita que a menor participou diretamente da morte de Itaberli.
Testemunhas de acusação do caso, incluindo familiares de Itaberli, já começaram a ser ouvidas pela Justiça no Fórum da cidade. O caso segue em sigilo e o Ministério Público acredita que as provas colhidas até o momento são suficientes para levar todos os suspeitos a júri popular. Uma nova audiência está marcada para o dia 2 de agosto. Testemunhas de defesa e réus ainda não prestaram depoimento.
O MP também acredita que a mãe do jovem, além de responder por homicídio qualificado assim como os outros suspeitos e ocultação de cadáver junto com o marido, deve ser julgada, também, por homofobia. Nas redes sociais, dois dias antes de morrer, o jovem disse ter sido agredido por ela pelo fato de ser gay.
“Na legislação atual não existe lei específica de homofobia. O que existe são as motivações que qualificam o crime, ou seja, o tornam mais grave. Um deles é a torpeza e, nesse caso, a homofobia é um motivo torpe, repugnante”, diz o promotor Wanderley Trindade Junior.
Já a Polícia Civil sustenta a hipótese de conflito familiar, alegando histórico de agressões entre ambos.
G1