Publicada em 20/10/2017 às 09h23.
Facebook começa a testar inclusão de notícias pagas na rede social
O Facebook garante que não fará qualquer uso dos dados envolvidos na transação, e diz que permitirá que os sites fiquem com 100% da receita.

O Facebook enfim começou a testar um sistema que permite a inclusão de notícias pagas entre os Instant Articles, formato que faz com que os textos sejam publicados diretamente na rede social e, como consequência, carreguem mais rapidamente.


O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 19, dois meses depois de o CEO da companhia, Mark Zuckerberg, vir a público informar que vinha trabalhando num recurso do tipo.

O que acontecerá a partir de agora é que uma dezena de empresas de mídia nos Estados Unidos e Europa poderão trancar parte do conteúdo que é postado no Facebook para que a liberação seja feita somente mediante pagamento. São veículos como Washington Post, Economist, Telegraph, entre outros.


Essas empresas poderão escolher entre dois modelos. O primeiro permitirá que o usuário acesse dez notícias gratuitamente, sendo interrompido na 11ª pelo paywall. O segundo deixará a cargo do veículo decidir quais links serão pagos ou gratuitos.


Seja qual for a opção adotada, uma vez que o usuário topar com a "parede" e optar por fazer a assinatura, ele será levado ao site noticioso — e essa assinatura dará acesso a tudo o que aquele veículo publicar, tanto dentro quanto fora do Facebook — para finalizar seu pedido. Se essa pessoa já for assinante, ela só precisa validar seu cadastro e seguir navegando pelo Facebook.


O Facebook garante que não fará qualquer uso dos dados envolvidos na transação, e diz que permitirá que os sites fiquem com 100% da receita. Essa decisão fez com que a empresa conseguisse convencer apenas o Google a entrar no esquema, então, ao menos por ora, só usuários de Android verão notícias pagas no Instant Articles.


Isso porque a Apple tem por política reter 30% do valor obtido por meio de vendas realizadas dentro de aplicativos hospedados na App Store — valor que cai para 15% após o primeiro ano. Segundo fontes ouvidas pelo Recode, faz meses que o Facebook vem tentando trazer a Apple para a novidade, mas nem o fato de que a assinatura será feita fora da rede social demove a dona do iPhone.


A regra se mantém inalterada porque, se diminuir seu percentual para compras iniciadas dentro, mas finalizadas fora de apps, a Apple pode perder dinheiro com serviços como Spotify e Netflix, que, em vez de dar dinheiro à Apple com cada assinatura, poderiam simplesmente oferecer um link externo para a efetivação das compras.


Mas o Facebook não parece vencido. Em comunicado, a empresa diz que o esquema entra no ar dentro das próximas semanas, e ressalta: "Esse teste inicial vai acontecer em dispositivos com Android, e esperamos expandi-lo em breve."


Olhar Digital

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