A OCDE agravou nesta quinta-feira (18) suas previsões sobre a recessão do Brasil, que será neste ano de 4% (contra -1,2% previsto em novembro), devido às incertezas políticas e à elevada inflação.
"A recessão no Brasil será certamente mais profunda que a que antecipávamos anteriormente, com as atuais incertezas políticas e a alta da inflação", explica a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).
A OCDE também revisou para baixo o crescimento da economia mundial, para 3%, menos 0,3 pontos percentuais do que a estimativa anterior, alertando para "um risco substancial" de instabilidade financeira.
Segundo o último boletim Perspetivas Económicas da OCDE, a economia mundial continua debilitada e exige reação urgente dos poderes públicos. A organização informa que a revisão em baixa resulta, entre outros fatores, de um corte do investimento e de "um risco substancial" de instabilidade financeira.
O crescimento da economia mundial não será, provavelmente, mais rápido este ano do que no anterior, quando atingiu o nível mais baixo dos últimos cinco anos, acrescentou a OCDE.