O dia era 25 de novembro de 2017. Em Lucas do Rio Verde-MT, o Náutico sofria um dos mais duros golpes na sua centenária história. O rebaixamento para a Série C já estava sacramentado com três rodadas de antecedência, mas o 3x0 ante o Luverdense definiu a lanterna da Segundona. Quatro meses depois, tudo mudou: o time está de volta para a decisão do Estadual após quatro anos, é o único pernambucano na quarta fase da Copa do Brasil e continua vivo no Nordestão. Mais do que feitos dentro de campo, o resgate do torcedor alvirrubro chama a atenção. Em dois jogos na Arena de Pernambuco, quase 40 mil pessoas bateram duas vezes o recorde de público do Estado. Está sendo resgatado o orgulho de torcer pelo Timbu.
“Vejo com muita alegria as camisas do Náutico na cidade, em ver a torcida alegre e confiante. Isso é muito bom. A gente precisa resgatar a credibilidade, a competitividade do clube e a auto-estima da torcida. Isso tudo está acontecendo. É uma questão da gente focar no processo. Não tenho o pensamento de me sentir protagonista. Estou dando a minha contribuição ao clube. Como vice-presidente, tenho obrigação de fazer o melhor pelo clube e vou sempre fazê-lo. E o meu orgulho é de ver o Náutico bem, não é de estar sendo bem referendado pelas pessoas”, afirmou o vice-presidente Diógenes Braga.
O Náutico da atual temporada surpreende muita gente, mas o técnico Roberto Fernandes não é uma delas. Sincero, o treinador afirmou que esperava uma reação do Timbu no início da temporada após um ano tão ruim em 2017.
Para o vice-presidente Diógenes, desde o início do ano, a gestão do Náutico não colocou expectativas. Nem positivas, nem negativas. E que o elenco é tão importante quanto quem dirige o clube nesta reconstrução alvirrubra.
“Trabalhamos com ações e as coisas estão acontecendo naturalmente. Não são acidentes, mas um trabalho continuado e um esforço de muita gente. Os jogadores têm se empenhado muito. O perfil de luta, a doação deles no campo e a forma como defendem a camisa do Náutico é um ponto muito importante nesse processo. Focamos na resolução de problemas. A gente está na final hoje. Mas, no começo do ano, era precipitado dizer isso. A partir do momento que começamos a ser líderes, começamos a vislumbrar isso. Tudo é um processo de construção. Não criamos expectativas”, finalizou o dirigente alvirrubro.
JC