Publicada em 17/06/2018 às 09h17.
Itaquitinga receberá primeiros presos nesta segunda-feira
Cinquenta detentos serão enviados, na segunda-feira, à Unidade 1 do Centro Integrado de Ressocialização.

Helia Scheppa/SEI/Divulgacao

 

Oito anos depois de começar a ser construído e esbarrar em uma sequência de problemas, o Centro Integrado de Ressocialização (CIR) de Itaquitinga, a 66 km do Recife, começará a receber os primeiros presos. A partir de segunda-feira, 50 homens serão transferidos para a Unidade I, cuja inauguração aconteceu em janeiro. A previsão é de que as mil vagas iniciais sejam preenchidas gradualmente. Depois de passar cinco anos com as obras paradas e simbolizar um fracasso do modelo de Parceria Público-Privada (PPP), o centro ressurge com a promessa de amenizar a superlotação do sistema prisional do estado.


Projetado inicialmente para presos do regime semiaberto, o centro receberá, na prática, homens do regime fechado. Eles ocuparão uma área de 13 mil metros quadrados, dividida em três pavilhões com modelos de cela que comportam entre duas e 12 pessoas. Sem dar maiores detalhes por questões de segurança, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, afirmou que as primeiras transferências serão de homens que hoje ocupam vagas no Complexo do Curado, no Recife, e na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá.


Os nomes foram escolhidos há cerca de um mês, com o critério de estarem no cumprimento efetivo da pena, em estágio final e com chances de ir para o semiaberto. Entre os outros critérios que serão levados em consideração na hora de fazer posteriores transferências, está a proximidade de local de moradia das famílias dos presos com o complexo. 


“Quando esse presídio foi pensado, era para completar um ciclo de ressocialização. Todo preso entra na cadeia com um prazo de vencimento e depende do Estado e da sociedade se ele vai sair melhor ou pior. É providência evitar a mistura de presos, então aqui não haverá superlotação. A gente quer mudar essa cultura”, garantiu Pedro Eurico.

O CRI Itaquitinga foi construído para ser modelo no sistema. Está cercado por alambrados e não por paredões. A unidade já entregue foi erguida em concreto armado de uma espessura de difícil destruição, que cria uma espécie de barreira contra sinais de telecomunicação. As celas têm um sistema de água antivandalismo e não são equipadas com tomadas. 


“Toda a instalação foi pensada a partir da segurança, otimização de risco e cumprimento efetivo da lei. As celas são feitas com portas semiautomáticas de 10 centímetros de aço puro. Toda a iluminação à noite será gerenciada pelos agentes penitenciários”, detalhou o diretor da unidade, Nickson Monteiro, que já foi vice-diretor da Barreto Campelo na década de 1990. 


A infraestrutura é composta também de 12 salas de aula, área jurídica, duas enfermarias, duas salas de observação, refeitório, oito guaritas e uma sala de monitoramento com cinco monitores, para receber imagens de 126 câmeras de segurança. A cozinha, que fica numa área isolada dos pavilhões e foi pensada para as cinco unidades iniciais, será operada por 22 reeducandos concessionados do regime semiaberto à disposição, sendo 14 para a cozinha e oito para a padaria.

 

 

Diario de PE

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