Publicada em 20/02/2019 às 09h29.
Padre do interior de São Paulo é acusado de abuso sexual
A defesa do clérigo nega as acusações.

 

 

Mais uma acusação de abuso sexual atinge a Igreja Católica no Brasil. A Polícia Civil de Araras (SP) recebeu quatro denúncias contra o padre Pedro Leandro Ricardo da época em que ele era pároco da igreja São Francisco de Assis. Coroinhas disseram ter sido vítimas do religioso entre 2002 e 2003, quando eram menores de idade. Uma das vítimas relatou que teve relações sexuais com o padre na casa paroquial onde o religioso morava. A defesa do clérigo nega as acusações.

Na segunda-feira (18/2), o Vaticano enviou um representante da Igreja Católica para investigar denúncias de extorsão e coação contra o bispo dom Vilson Dias de Oliveira, da Diocese de Limeira (SP), que foi afastado por tempo indeterminado.

Nesta quinta-feira (21/2), o Vaticano receberá os mais importantes bispos de todo o mundo para uma reunião histórica e sem precedentes. Convocada pelo papa Francisco, a cúpula vai tratar do tema que, há décadas, tem abalado os alicerces da Igreja Católica: abuso sexual de crianças. Os presidentes das Conferências Episcopais estarão reunidos até o dia 24.

O tom do encontro deve ser o de “tolerância zero”. O próprio papa Francisco deu uma pista disso ao expulsar, no sábado, o ex-cardeal americano Theodore McCarrick, de 88 anos, acusado de abusar de, ao menos, um adolescente. Foi a primeira vez na história da Igreja Católica que um cardeal perdeu o seu título depois de ser acusado desse tipo de crime.

Sobre o encontro, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, declarou que se trata de “uma reunião sem precedentes, o que mostra que o papa Francisco fez da proteção de menores uma prioridade fundamental para a Igreja”. Ele continuou: “Trata-se de manter as crianças seguras contra prejuízo em todo o mundo. O papa Francisco quer que os líderes da Igreja tenham uma compreensão completa do impacto devastador que o abuso sexual clerical tem sobre as vítimas”.

Além disso, Burke explicou que “a reunião é primariamente para os bispos, eles têm muita responsabilidade por esse grave problema. Mas homens e mulheres leigos que são especialistas no campo dos abusos darão sua contribuição e podem ajudar a abordar especialmente o que precisa ser feito para garantir transparência e responsabilidade”.

A expectativa é de que o encontro histórico defina diretrizes e normas específicas de como os bispos devem cuidar das vítimas, punir os infratores e manter os acusados fora do sacerdócio. Também deve ser abordada a responsabilidade dos religiosos que, mesmo sabendo dos abusos, se mantiveram em silêncio. (Com agências)


DP
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