Imagem meramente ilustrativa / Reprodução: Notícias ao Minuto.
Depois de dois anos paradas por causa da pandemia, as escolas de samba voltam a desfilar no Carnaval do Recife em 2023 com quatro agremiações, duas a menos em relação à última edição, que aconteceu em 2020. A tradicional Gigante do Samba é uma das que permanece. A reportagem da Folha de Pernambuco visitou a sede localizada em Água Fria para acompanhar os preparativos e a expectativa da volta dos festejos.
Fundada em 1942, a Gigante do Samba completou 80 anos em 2022. Como não teve Carnaval, a escola quer comemorar na avenida essa marca importante na edição de 2023 com o tema “É sublime recordar, 80 anos vamos festejar". A ideia é falar das pessoas que viveram a agremiação ao longo desses anos.
Assim como outros setores da cultura, as escolas de samba foram prejudicadas com a suspensão da Festa de Momo provocada pela pandemia da Covid-19. Aldo Alexandre, presidente da Gigante do Samba, comentou sobre esse período de dificuldades.
“As dificuldades foram grandes. As atividades da escola pararam e ficamos sem dinheiro para manutenção da casa. Foi uma tristeza muito grande na comunidade por não ter o Carnaval, mas tivemos que entender que era um período de pandemia e não podia ter a festa.”
Com o Carnaval de 2023 se aproximando, Aldo disse que o
sentimento da Gigante do Samba é de “superação”. “A pandemia nos fez
perder alguns membros da escola. É muito difícil fazer o Carnaval após dois
anos parados, mas vamos fazer um Carnaval de superação”, disse Aldo.
A Gigante do Samba acumula 59 títulos do Carnaval do Recife. A última vitória foi em 2019, quando engatou uma sequência de 12 conquistas consecutivas.
Magal Ramos, de 66 anos, é responsável pelos cinco carros alegóricos e escultor da Gigante do Samba. Na escola há aproximadamente 50 anos, ele revelou que o desfile de 2023 vai relembrar os melhores temas da agremiação.
“A mensagem que a gente quer passar são os 80 anos da Gigante do Samba. Vamos recordar os melhores temas: o mundo encantado das crianças, o Sertão de Pernambuco, o Amazonas, o Carnaval e quando a escola foi até o Japão”, disse Magal.
FONTE: FOLHA DE PERNAMBUCO.