Publicada em 13/06/2016 às 09h26.
Onda de arrombamentos preocupa moradores de Porto Calvo
Em apenas um dia, em meados do mês passado, dois supermercados e uma loja de perfumes foram roubados.
Professor encontrou a casa toda revirada ao chegar do trabalho (Foto: cortesia/Dorgival)

Professor encontrou a casa toda revirada ao chegar do trabalho (Foto: cortesia/Dorgival)


Moradores do município de Porto Calvo, região Norte do estado, estão assustados com a quantidade de arrombamentos a residências, restaurantes, supermercados e outros estabelecimentos comerciais que ocorrem com frequência na cidade, desde o último mês de maio. Em apenas um dia, em meados do mês passado, dois supermercados e uma loja de perfumes foram roubados durante a mesma madrugada, os três foram arrombados e tiveram produtos e dinheiro levados pelos criminosos.


No fim do mês de maio, a residência do professor de matemática Dorgival Vasconcelos de Melo, situada na Rua Júlia Buarque, no Centro de Porto Calvo, foi arrombada no meio da tarde. O professor, que é aposentado no município, ainda trabalha dando aulas em escolas de Maragogi, a 30 quilômetros da cidade onde reside. Ao chegar em casa, por volta das 17h15, como de rotina, no começo do mês passado, o servidor público se deu conta de que a residência tinha sido invadida.


“A casa não fica sem ninguém por muito tempo, a secretária fica em casa até às 15h30 ou 15h40. Eu cheguei por volta das 17h15 e fui pegar a chave de casa com minha irmã, que mora bem perto de mim. Nesse momento, eu acho que ainda tinha gente na minha casa, porque quando entrei, tinham umas coisas separadas, como se eles fossem roubar, mas não deu tempo”, detalhou. Relógios, bijuterias, cartões de crédito, bolsas e um aparelho de som estavam em um local reservado em meio a gavetas, móveis e outros objetos revirados.


Dorgival contou que duas pessoas conhecidas foram abordadas por um homem estranho que perguntou a hora em que a secretária sairia da casa e que horas o professor chegaria em casa. “Um homem perguntou a uns vizinhos que horas eu chegaria em casa, porque disse que eu tinha prometido doar umas roupas para ele. Nunca fiz isso, até hoje não sei quem é. Nesse período, a Polícia Civil estava em greve, então não consegui fazer nem o Boletim de Ocorrência”, relatou. Os ladrões não conseguiram levar tudo o que queriam, mas roubaram um celular, um aparelho de DVD, produtos eletrônicos, perfumes novos e caixas de sabonetes aromatizados.


Já o supermercado Comercial Feitosa, situado na Rua do Sol, arrombado há duas semanas na mesma madrugada que outro supermercado e uma loja de perfume, teve um prejuízo não muito significativo, embora o medo ainda esteja rondando no local. “Eles entraram pela porta da frente, uma porta de rolo, fácil de arrombar. Destruíram o alarme, arrancaram da parede, e as câmeras do depósito de bebidas. Roubaram uma televisão, cinco maços de cigarro e R$ 300 de cédulas de dois reais. A gente nunca deixa muito dinheiro no caixa já por conta disso”, disse uma das proprietárias.

Outro caso, este registrado pela Polícia Militar, foi a de uma idosa de 65 anos, que teve as joias roubadas de dentro da casa onde reside em mais um episódio de arrombamento na região. A senhora disse que saiu às 19h e quando retornou, por volta das 22h, percebeu que a porta da cozinha tinha sido arrombada. Ao entrar em casa, móveis e objetos revirados e as joias levadas pelos ladrões.


Ocorrências não registradas


De acordo com Dorgival, os roubos se intensificaram na região desde o mês de abril. “Somente alguns desses arrombamentos foram registrados, por causa da dificuldade para fazer Boletim de Ocorrência, já que a Polícia Civil estava em greve até pouco tempo atrás, e também pela própria população, que, muitas vezes, não chega a ir na polícia”, destacou o professor, ao relatar que em um dos casos, um ladrão foi pego em flagrante pela população, mas ninguém sequer acionou a polícia.


O delegado titular de Porto Calvo, Valter do Nascimento, que assumiu o cargo há pouco tempo, disse que “infelizmente não há como investigar nada sem que a Polícia Civil tome conhecimento dos fatos” e confirmou que entre os meses de abril e maio deste ano a categoria estava em greve, por isso, não há registros desse tipo de crime na delegacia do município.


Segundo informações do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atende às ocorrências no município, de abril até o começo deste mês, apenas duas ocorrências de arrombamento foram registradas pelas guarnições, uma em uma casa e outra a um estabelecimento comercial, ambas em maio deste ano.

 

GW

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