Publicada em 25/09/2024 às 09h49.
Apostas online: 20% do valor de benefícios do Bolsa Família de agosto foi para as bets, diz BC
Levantamento do Banco Central revelou que empresas de apostas receberam R$ 3 bilhões em Pix de beneficiários

Cartão do Programa Bolsa Família / Foto: Divulgação.   


 Um levantamento do Banco Central (BC) revelou que, em agosto deste ano, empresas de apostas esportivas online receberam cerca de R$ 3 bilhões via Pix de beneficiários do Bolsa Família. Esse montante representa 20% do total repassado pelo programa no mesmo mês, que foi de R$ 14,1 bilhões para mais de 20 milhões de famílias.


O estudo, solicitado pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), gerou preocupações e levou o parlamentar a acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para tentar bloquear os sites de apostas até que uma regulamentação adequada seja implementada. Segundo a pesquisa, cerca de 5 milhões de pessoas do programa realizaram transações, com uma média de gastos de R$ 100 por apostador.


Desses, 70% são chefes de família, que sozinhos enviaram R$ 2 bilhões, ou 67% do total.


Esses números podem ser ainda mais alarmantes, já que o levantamento do BC considera apenas as transações feitas pelo sistema de pagamentos do banco, não contabilizando operações realizadas por meio de cartões de crédito ou débito.


Em nota, o BC afirmou que "esses resultados estão em linha com outros levantamentos que apontam as famílias de baixa renda como as mais prejudicadas pela atividade das apostas esportivas". A instituição ressaltou que o apelo das apostas pode ser mais atrativo para aqueles em situação de vulnerabilidade financeira.


O presidente do BC, Roberto Campos Neto, manifestou sua preocupação com o impacto dessa situação na inadimplência das famílias. O levantamento também apontou que aproximadamente 24 milhões de pessoas participaram de jogos de azar e apostas em agosto, com gastos que variaram entre R$ 100 e R$ 3 mil mensais.


Os dados são considerados preliminares, uma vez que a identificação das empresas de apostas apresenta desafios. A discussão sobre a regulamentação do setor e a proteção dos grupos mais vulneráveis continua em pauta.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

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