Publicada em 13/06/2016 às 15h43.
Falsa advogada é presa por enganar clientes carentes no Grande Recife
Ela atuava em Jaboatão e em Olinda e aplicava golpes de até R$ 8 mil. Polícia identificou oito vítimas, mas esse número pode ser bem maior.

Uma mulher foi presa sob suspeita de exercer ilegalmente a advocacia e aplicar golpes de até R$ 8 mil em pessoas de baixa renda nas cidades de Olinda e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Até agora, oito vítimas apareceram na delegacia para prestar queixa.


A investigação teve início há aproximadamente dois meses, quando a Polícia Civil começou a receber as denúncias. Na época, a falsa advogada já era dona de um escritório na Avenida Argentina, no bairro de Ouro Preto, Olinda. A delegada Euricélia Nogueira, da Delegacia do Varadouro, disse que procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O nome dela não constava nos registros da ordem, que já havia recebido uma denúncia contra ela.


"Procuramos a suspeita e ela disse que não era advogada, mas a proprietária do estabelecimento e contratava os advogados para trabalhar lá. Pedimos para mandar o contato de um desses advogados. Ele falou que ela era golpista e nunca trabalhou no escritório. Ela disse também que era formada em direito, mas não podia exercer a advocacia porque era auditoria pública do Hospital Otávio de Freitas. O hospital mandou um ofício dizendo que ela nunca trabalhou lá", revela a delegada.


O escritório funcionou entre janeiro e abril deste ano e foi fechado quando a suspeita soube que estava sendo investigada. De lá, fugiu para um condomínio em Igarassu, onde foi cumprido o mandado de prisão preventiva.


"Ela já tinha aplicado golpes em Jaboatão. Assim que recebia o pagamento, ela bloqueava o contato no celular e sumia. Nós encontramos 118 contatos bloqueados no telefone dela. Por isso, achamos que deve ter muito mais vítimas do que se apresentaram até agora", afirma a delegada.


Também chamaram a atenção da polícia os valores cobrados pela estelionatária. Em Jaboatão, uma cliente pagou R$ 5 mil para dar entrada no processo de um inventário. Em Olinda, outra mulher gastou R$ 8 mil por causa de uma ação de pensão por morte.


Sem condições de desembolsar o montante, a vítima comprou um celular para como forma de quitar parte da cobrança. "Teve outra cliente que pagou dando um ar-condicionado. Ela recebia de qualquer jeito. Quando o cliente dizia que não tinha dinheiro, ela pedia para fazer uma faxina na casa dela", relata a investigadora.


A suspeita foi encaminhada à Colônia Penal Feminina, no Engenho do Meio, na Zona Oeste doRecife. Ela vai responder pelo crime de estelionato.Pode pegar pena de até cinco anos de cadeia e multa.

 

 

G1

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