As vendas do comércio varejista brasileiro registraram crescimento de 0,5% em abril na comparação com o mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio após recuo em março de 0,9%. Em relação a abril de 2015, o volume de vendas do varejo recuou 6,7%, 13ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e o pior da série, iniciada em 2000, segundo Isabella Nunes, gerente de serviços e comércio do IBGE.
Nos quatro primeiros meses, o varejo acumulou queda de 6,9%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, com recuo de 6,1%, manteve a trajetória descendente iniciada em julho de 2014.
Os principais impactos de abril, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, foram as vendas no setor de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que recuaram 4,4%; combustíveis e lubrificantes, que caíram 10,8%; outros artigos de uso pessoal e doméstico (lojas de departamentos, e-commerce, artigos do lar), com recuo de 10,4%; e móveis e eletrodomésticos, com queda de 10,1%.
O setor de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos impactaram positivamente a taxa em relação a março (havia recuado 1,4% e cresceu 1% em abril), assim como o segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico (havia caído 1,9% e subiu 2,8%).
O setor de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo tem o maior peso sobre o varejo, de 50%.
Análise por estados
O comércio teve alta em 17 das 27 unidades da Federação em abril sobre março, com destaque para Sergipe (6,3%), Amapá (3,5%) e Paraná (2,9%). Minas Gerais ficou estável, enquanto Rondônia (-3,7%), Bahia (-1,8%) e Amazonas (-1,6%) registraram as maiores retrações.
Na comparação anual, houve redução nas 26 das 27 unidades da Federação, com destaque para Amapá (-15,1%), Rondônia (-14,7%), Amazonas (-14,3%), Distrito Federal (-13,8%) e Bahia (13,1%).
A Pesquisa Mensal de Comércio visita 5.700 empresas em 27 unidades da federação.
G1