Um grupo de médicos da Universidade de Ottawa e do The Ottawa Hospital, ambos no Canadá, conseguiu reverter – pela primeira vez - a esclerose múltipla em 23 pacientes que tinham já a doença em fase avançada.
Com o recurso a células tronco, os investigadores foram capazes de devolver a capacidade motora a estes pacientes, que voltaram a andar, trabalhar e até mesmo esquiar.
Publicado na revista The Lancet, o estudo revelou que a terapia usada passou, numa primeira fase, pela destruição total do sistema imunológico (com o recurso a uma espécie de quimioterapia) e, depois, pela reconstrução do mesmo, recorrendo à transfusão de células-tronco da medula óssea, lê-se no site Eureka Alert.
Esta terapia foi implementada em 23 dos 24 pacientes (com idades entre os 18 e os 50 anos, sendo que um dos pacientes morreu de necrose hepática e sépsis, provocada pela quimioterapia) e oito mostraram uma melhoria na sua capacidade motora passados sete anos e meio desde o início desta terapia.
Com este novo tratamento, os investigadores do Canadá conseguiram interromper ou reverter a progressão da doença em 70% dos pacientes e reverter alguns dos sintomas mais graves em 40% dos casos. Entre estes sintomas de alarme estão a perda de visão, a fraqueza muscular e a falta de equilíbrio.
Notícias ao Minuto