Publicada em 15/06/2016 às 22h36.
Sérgio Machado vai devolver R$ 75 milhões aos cofres públicos
Aos investigadores, Machado disse que recebeu R$ 72 milhões desviados dos contratos fechados pela subsidiária da Petrobras.

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado acertou em acordo de delação premiada a devolução de R$ 75 milhões aos cofres públicos -sendo uma parte para a União e outra para a Petrobras.


Aos investigadores, Machado disse que recebeu R$ 72 milhões desviados dos contratos fechados pela subsidiária da Petrobras. Segundo ele, foram R$ 2 milhões "a título de vantagens ilícitas, decorrentes das sobras dos repasses a políticos, a maior parte após 2008, além de R$ 70 milhões no exterior".


Ficou definido que Machado terá que pagar R$ 10 milhões em 30 dias e parcelou em 18 meses o restante. Ele poderá ser condenado até 20 anos de prisão.


Responsável pelas gravações e depoimentos que atingiram a cúpula do PMDB, Machado afirmou aos investigadores da Lava Jato que acredita que a "taxa de sucesso" sobre a arrecadação de propina solicitada pelos políticos era de 60%, tendo desviado no total de R$ 100 milhões especialmente para o PMDB.


Segundo Machado nem sempre conseguia atender integralmente às demandas dos políticos e que "crê que alcançava cerca de 60% de taxa de sucesso em atender aos políticos nos montantes que eles pediam".


Os contratos de prestação de serviços Transpetro estabelecia propina de 3% e nos contratos de estaleiros ficava entre 1% e 1,5%. Os valores eram acertados diretamente por Machado com os empreiteiros. Os peemedebistas recebiam os recursos em dinheiro vivo ou por meio de doações legais das empresas fornecedoras da Transpetro.


CONTAS NO EXTERIOR


Em seus depoimentos, os três filhos do ex-presidente da Transpetro detalharam a participação que tiveram nos negócios relacionados a seu pai, incluindo a movimentação de valores no exterior.


Expedito Machado Neto admitiu que operacionalizava os repasses de propinas junto a empreiteiras que tinham contratos na Transpetro e contou ter aberto uma conta na Suíça para receber R$ 20 milhões de propina.


Segundo Expedito, ele recorreu ao irmão Sérgio Firmeza Machado para abrir a conta em nome dele, no HSBC Zurique. Depois, foi constituído um trust no exterior para manter os recursos ilícitos -expediente também usado pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo o Ministério Público.


Posteriormente, Expedito ainda constituiu um fundo de investimentos no exterior a partir desses recursos recebidos, e abriu novas contas no exterior, incluindo nas Bahamas e na Alemanha.


Já Daniel Machado declarou aos investigadores que um funcionário seu, Felipe Parente, operacionalizou durante algum tempo a movimentação de valores para seu pai.


O último, Sérgio Firmeza Machado, confirmou que permitiu ao irmão a abertura de uma conta na Suíça em seu nome, mas que não sabia da origem ilícita dos pagamentos. 

 

 

 

 

Folha PE

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