Em fase final de diligências jurídicas para a venda da SAF, o Santa Cruz confirmou saída de um de seus principais entusiastas: Márcio Cadar. O empresário não participará da implementação do clube-empresa no Arruda, segundo informou o presidente coral, Bruno Rodrigues, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (5).
“Acho que é simples de responder e vou ser direto. Inicialmente, havia um grupo de investidores, foi definido que o Márcio (Cadar) seria a pessoa que falasse pelo grupo. E o próprio grupo decidiu sobre a sua saída. É uma coisa interna dos investidores. É importante lembrar que isso não vai gerar nenhum prejuízo para o clube”, falou.
Durante a conversa com a imprensa, Bruno Rodrigues atualizou o cronograma para a implementação do Clube-empresa no Arruda. “Gostaria de dizer que não há nenhum atraso no projeto. Os prazos a partir de agora são, até 30 de maio, entregarmos em definitivo toda a documentação”, iniciou.
“Está tudo certo, já me antecipando (às perguntas). Hoje é um dia muito importante para todos nós, já que vamos dar o cronograma para vocês e colocar o passo a passo do que será feito. Depois de maio, dia 2 de junho, o Executivo vai remeter para o Conselho Fiscal e ao Conselho Deliberativo, para que eles tenham 15 dias para toda a análise do processo. Estando tudo ok, o presidente do CD vai dar o seu parecer. Depois, vamos convocar a AGE, com 45 dias corridos, para que os sócios do clube votem, aprovando ou rejeitando as propostas”, explicou o mandatário coral.
Márcio Cadar foi o responsável por assumir os holofotes da SAF no Santa Cruz, criando um elo com os torcedores do Mais Querido através das redes sociais. Ali, engajou e ganhou visibilidade, à medida em que os tricolores passaram a chamar o empresário por um apelido carinhoso: “Painho”.
Se um dos sócios dá deus, outros permanecem e chegarão. Vinícius Diniz segue como acionista da Cobra Coral Participações S/A, enquanto Marcus Bittar, Iran Barbosa e Alexandre Kubitscheck serão líderes operacionais. Já Pedro Henriques, ex-vice presidente do Bahia, será CEO do projeto.
O valor divulgado é de R$ 1 bilhão, podendo ser incrementado ao longo dos 15 anos presentes no contrato. A expectativa, diga-se, é que o valor aumente no decorrer do tempo, caso haja necessidade de mais investimentos, seja no futebol ou na estrutura do clube.
Com a compra, os investidores vão garantir 90% das ações do Santa Cruz Futebol Clube. A porcentagem restante fica com a instituição.
As cifras serão destinadas ao pagamento de todas as dívidas do clube, no momento, cerca de R$ 300 milhões. Além disso, o projeto prevê a modernização dentro e fora do Estádio do Arruda, que necessita de reformas há um bom tempo.
Outro ponto importante será a construção de um novo Centro de Treinamento, na Região Metropolitana do Recife. O atual CT do clube, o Ninho das Cobras, vai permanecer sob gerência da instituição, assim como os 10% restantes das ações.