Publicada em 09/05/2025 às 09h14.
‘Bom até com os maus’, Leão XIV marcou a memória dos peruanos
Papa serviu no Peru, onde foi bispo em Chiclayo e se destacou pelo estilo simples e próximo aos mais pobres

Foto: Divulgação.           


 De repente, os sinos tocaram e as igrejas do Peru começaram a receber fiéis emocionados pela eleição na quinta-feira (8) do papa Leão XIV, o americano que também escolheu ser peruano e deixou a memória de um homem próximo aos necessitados.


“É um homem bom até com os maus”, lembra o sacerdote Juan de Dios Rojas, de 73 anos, sobre o então bispo Robert Prevost em sua passagem por El Callao, o porto próximo a Lima.


Ele destaca a coincidência de Leão XIV com Francisco na defesa do meio ambiente e em seu afã por fazer justiça às vítimas de abusos cometidos por membros do clero. É “muito cuidadoso no trato e busca chegar por todos os meios aos necessitados”, conta o religioso à AFP.


Juan de Dios Rojas trabalhou como adjunto de Prevost quando ele esteve à frente da diocese de El Callao, em 2020, no início da pandemia. Sua capela, Santa María de la Reconciliación, abriu as portas com um júbilo incomum. A foto do novo líder dos católicos será exibida e está prevista para esta sexta-feira um ofício religioso de agradecimento nas igrejas de El Callao.


Nacionalidade peruana e simplicidade


Prevost, de 69 anos e oriundo de Chicago, chegou pela primeira vez ao Peru há quatro décadas. Antes de assumir em 2015 como bispo de Chiclayo, uma cidade no norte do país, recebeu a nacionalidade peruana como parte da concordata entre o Vaticano e o Estado peruano.


De “Chicago para Chiclayo”: assim resumiu a embaixada americana sobre a dupla nacionalidade do líder da Igreja Católica em suas redes sociais.


Em seu primeiro discurso no Vaticano, Leão XIV falou brevemente em espanhol para lembrar sua “querida diocese de Chiclayo”, onde o “povo fiel” deu “tanto” para “continuar sendo uma Igreja fiel de Jesus Cristo”.


Prevost deixou o Peru em 2023 para assumir novas responsabilidades no Vaticano.


O pontífice esteve por um ano em El Callao. Era a época da pandemia, e ele percorria quase 770 km de carro vindo de Chiclayo. Apesar das restrições, visitava refeitórios populares nas areias de Pachacámac, uma área empobrecida do porto. Nesse tempo “de serviço de administração desta diocese, manifestou sua proximidade e simplicidade com as pessoas”, relatou à AFP Luis Alberto Barrera, atual bispo de El Callao.


Prevost atendia em um escritório modesto com uma escrivaninha de cor creme onde ainda há uma foto dele com Francisco. Dormia na comunidade dos agostinianos. “Como bom missionário […] é uma pessoa muito simples que se adaptava a tudo”, ressaltou.



FONTE: AGÊNCIA BRASIL.




 

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