O juiz Eliziongerber de Freitas, da 4ª Vara Criminal de Caruaru, aceitou a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra os 12 indiciados pela Polícia Civil na Operação Hipócrates, de acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O grupo - incluindo dois médicos e um vereador - é acusado de extorquir R$ 5 milhões de pacientes para realização de cirurgias na rede privada sem indicação de necessidade.
Os reús serão julgados por crimes como corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lesão corporal e integrar uma organização criminosa. As diligências foram feitas em Caruaru, Agrestina, São Caetano, Tacaimbó e no Recife.
Indiciados
A Polícia Civil indiciou 12 suspeitos investigados na Operação Hipócrates. A conclusão do inquérito foi apresentada em uma coletiva de imprensa no dia 27 de novembro. De acordo com o diretor operacional do interior 1, delegado Erik Lessa, foram presas nove das 12 pessoas.
Erik Lessa explicou como funcionava o esquema investigado na "Hipócrates". "Havia a dificuldade propositada no atendimento das pessoas [dentro do hospital] e, com essa dificuldade, os captadores - depois de 40, 50 dias - começavam a oferecer benefícios com o pretexto de ajudar as pessoas. Eles tentavam levar os pacientes para hospitais particulares ou realizar as cirurgias no interior da unidade, mas sempre cobrando pelo serviço", disse.
Entenda o caso
Clínicas, consultórios médicos e casas do Agreste e do Recife, além do Hospital Regional do Agreste (HRA) e um hospital particular de Caruaru, foram os lugares abordados pelos policiais. Participam da operação 100 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a "Operação Hipócrates" teve o objetivo de cumprir nove mandados de prisão, dois de condução coercitivos e 16 de busca e apreensão. As investigações tiveram início em julho deste ano. Participaram da operação 100 policiais civis entre delegados, agentes e escrivães.
G1