O desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 2ª região (TRF2) Paulo Espírito Santo decidiu reconsiderar nesta quarta-feira a decisão do desembargador Ivan Athié que, na última sexta-feira , havia convertido a prisão preventiva em domiciliar do contraventor Carlinhos Cachoeira, do dono da Delta, Fernando Cavendish, e dos outros três presos na Operação Saqueador, que investiga o desvio de R$ 370 milhões em contratos de obras públicas.
O desembargador deferiu o pedido do Ministério Público Federal, que recorreu do habeas corpus, "mantendo na íntegra a prisão preventiva" de Cavendish, Cachoeira e dos empresários Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu.
O MPF havia pedido a suspeição do desembargador, alegando que ele é amigo de Técio Lins e Silva, o mesmo advogado que defende Cavendish e que, em outra oportunidade, também atuou na defesa de Athié. O próprio Athié pediu na terça para deixar o caso dizendo que estava sofrendo muitas críticas.
Com a nova decisão, os cinco presos permanecerão no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste, onde aguardavam a chegada de tornozeleiras eletrônicas para iram para a prisão domiciliar.
Os advogados de Cavendish, Cachoeira e de Assad informaram que recorrerão nesta quarta ao Supremo Tribunal Federal (SFT) com um novo pedido de prisão domiciliar.
G1