Publicada em 11/01/2016 às 11h17.
Joia do tiro com arco terá investimento de quase R$ 900 mil até 2016
Marcus D'Almeida terá R$ 653 mil com o Ministério do Esporte e está incluso nos R$ 2,2 milhões para 16 arqueiros olímpicos.

Tratado como uma joia em um esporte sem tradição olímpica no Brasil, o arqueiro Marcus D'Almeida é uma das apostas do Comitê Olímpico do Brasil para o pódio no Rio 2016. Para fazer jus ao posto, ele terá quase R$ 900 mil destinados a sua preparação visando as Olimpíadas na Cidade Maravilhosa. Com apenas 17 anos, o carioca teve resultados expressivos nos últimos anos. Em 2014, foi medalha de prata nas Olimpíadas da Juventude, em Nanquim, na China, e também prata na final da Copa do Mundo. Em 2015, ficou grande parte do ano entre os oito primeiros do ranking mundial do arco recurvo, foi campeão mundial júnior e subiu ao pódio na disputa por equipes nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. 

O desempenho lhe rendeu um convênio extra entre a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) e o Ministério do Esporte. Além dos R$ 2,2 milhões de repasse que a entidade receberá do ministério para a preparação dos 16 arqueiros com chances olímpicas (no qual ele está inserido), Marcus terá R$ 653 mil disponíveis para a contratação de uma equipe multidisciplinar que trabalhará apenas com ele. 

- É muito dinheiro, mas tem que saber usar. Não adianta só ter o dinheiro. É preciso saber mexer com esse dinheiro. Não eu, mas a Confederação. Pode fazer a diferença, como também pode ser perdido. Espero que estejam visando na frente. Os Jogos do Rio já foram... Quem está dentro, está perto de ir, todos sabem quem pode, quem não pode ir. Que usem também pensando em Tóquio, que não deixem o esporte morrer - pediu o arqueiro.


VALOR IMPRESSIONA, MAS NÃO PRESSIONA 

O garoto que ainda não tirou sequer a carteira de motorista terá médico, fisiologista, nutricionista, técnico, assistente técnico, preparador físico e psicólogo à disposição de janeiro a agosto, quando começarem as Olimpíadas. O valor também cobrirá a compra de novos equipamentos para a temporada. Marcus ainda recebe o Bolsa Pódio no valor de R$ 11 mil mensais dentro do programa Brasil Medalhas do governo federal. O montante impressiona, mas não pressiona o jovem.


- Tive resultados que me proporcionaram esse investimento. É muito bom, mas tenho que seguir trabalhando. Sinal que estão acreditando no meu trabalho. Estou dando o meu suor todo dia, não é uma forma de pressão. Não vejo assim. É um país que está investindo no esporte, espero que continue assim. Em oito meses faz um pouco de diferença, mas se fosse há três anos, seria bem melhor. Temos agora, então precisamos aproveitar essa chance e fazer valer a pena para agora e muito mais para Tóquio 2020. Se for para as Olimpíadas no Rio, terei 18 anos, na outra, terei 22. Tenho que pensar mais para a frente - explicou Marcus.


Os arqueiros brasileiros devem passar a treinar na Escola do Exército, na Urca, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a partir de 25 de janeiro. Lá, terão toda a estrutura necessária no dia a dia. A equipe multidisciplinar de Marcus D'Almeida, porém, não será usada no local que concentrará os 16 arqueiros. Ela será exclusiva e deve ficar em Maricá, cidade no litoral do estado, onde a família mora e ele treina ao menos sete dias no mês.

- Ele poderá usufruir em Maricá de um médico, um preparador físico, nutricionista... Não será nada que a Confederação irá escolher, serão profissionais que ele vai escolher. Vamos montar essa estrutura na cidade até as Olimpíadas e acredito que é o suficiente para ele se preparar bem. Para o que queremos fazer, é o valor que precisamos. Nada mais e nada menos - explica Eros Fauni, coordenador técnico da CBTarco.

Para Eros, Marcus, que briga por vaga olímpica no individual e por equipe no arco recurvo, fez por merecer essa oportunidade. Ele não vê possibilidade de desgaste com os outros 15 arqueiros que não terão esse tratamento diferenciado.

- A reação dos outros não pode ser negativa. No final das contas, ele fez por merecer isso. Isso aqui não é um projeto só para o Marcus D'Almeida. Todas as Confederações com atletas ganhando o Bolsa Pódio, poderiam vislumbrar um projeto desses. Os outros arqueiros também têm todas as possibilidades dentro da seleção com os recursos que  temos - avaliou Eros.


FONTE: GLOBO ESPORTE

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