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O papa Francisco completa hoje quatro anos na liderança da Igreja Católica. O aniversário deste 13 de março de 2017, porém, ocorre em um momento que deixa cada vez mais em evidência a oposição às reformas de Jorge Mario Bergoglio, o papa originário do "fim do mundo". Apesar de ter sido considerado, desde o início, um Pontifíce reformista e disposto a mexer nas estruturas da Igreja, somente agora Franscisco enfrenta a ira de conservadores na prática. Em fevereiro, cartazes criticando as mudanças propostas pelo Papa foram espalhados por Roma, expondo as divergências dentro do clero. A oposição começou a ganhar força há um ano, em 8 de abril, durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia e a publicação da exortação apostólica "Amoris Laetitia", na qual o Papa escreveu suas conclusões sobre os dois sínodos convocados por ele para discutir questões familiares e o posicionamento da Igreja Católica. No documento, Francisco abriu espaço para que os sacerdotes analisem "caso por caso" de divórcios ou outras separações matrimoniais, assim como a confissão de crimes de aborto, propondo que os religiosos "acompanhem" e "acolham" as famílias.
Apesar de toda oposição dentro do Vaticano, Bergoglio segue adiante em seu pontificado, participando de momentos históricos, como o acordo de retomada de relações entre Cuba e Estados Unidos, o encontro com o patriarca de Moscou e a participação nas celebrações dos 500 anos da Reforma Luterana e o apoio às negociações de paz na Colômbia e na Venezuela. A recente demissão da Marine Collins, vítima de pedofilia, da comissão vaticana contra abusos sexuais, porém, comprova que Francisco ainda tem muito trabalho a fazer dentro e fora do Vaticano.
ANSA