A menos de três semanas para o Carnaval, placas de aluguel nas casas do Sítio Histórico de Olinda ainda convidam o folião a fechar negócio e ficar hospedado num lugar próximo ao calor da festa. Quem mora no local diz que os negócios com os locatários já estariam fechados em anos mais prósperos, mas, com a inflação e a crise econômica, os inquilinos têm feito as pesquisas de preço por mais tempo e pensado duas vezes antes de assinar o contrato.
Ainda assim, a esperança é de que os negócios sejam fechados nas próximas duas semanas. Para a moradora Daise Araújo, corretora de casas durante os dias de Momo, está mais difícil para encontrar inquilinos este ano. Acostumada a alugar mais de dez casas no período que antecede a folia, ela conta que, até agora, só conseguiu garantir o aluguel de seis.
A preferência do locatário varia de acordo com o preço e, claro, a localização da casa. “Essa aqui já foi alugada. Todo mundo quer ficar perto da Pitombeira. A Rua 27 de Janeiro é onde passa a folia”, explica, referindo-se ao imóvel próximo à sede da Pitombeira dos Quatro Cantos, um dos blocos mais tradicionais do Carnaval de Olinda, locado durante os quatro dias por R$ 12 mil.
Nas casas mais distantes da passagem de blocos, bonecos e agremiações, os preços podem variar de R$ 5 a R$ 7 mil, segundo a corretora. Apesar da primeira proposta dos donos, ela explica que os inquilinos têm ficado cada vez mais exigentes e buscam, através de acordo, chegar a um preço menor.
Mesmo com a crise e com a exigência nas negociações, ela espera fechar contrato para outras quatro casas até fevereiro. “O pessoal espera ficar mais próximo do Carnaval, quando o preço baixa, para alugar. E baixa, mesmo”, afirma. “Tem gente que começa pedindo R$ 15 mil, depois baixa para uns R$ 12 mil”, complementa.
Fonte: G1