Policial aponta arma para homem caído no chão que seria os suspeito de cometer o ataque. Na imagem,
é possível ver que agente pisa sobre faca (Foto: Stefan Rousseau/PA via AP)
Um ataque fora do Parlamento britânico, em Londres, deixou 4 mortos, incluindo uma mulher e um policial, além do próprio suspeito de ser o autor da agressão, segundo o chefe de contra-terrorismo da Scotland Yard, Mark Rowley. O incidente ocorreu na tarde desta quarta-feira (22).
Há também pelo menos 20 feridos, entre eles três policiais. Segundo o serviço de ambulâncias, 12 pessoas com ferimentos graves foram levados ao hospital e outras oito com ferimentos leves foram atentidas no local.
A polícia britânica acredita que houve apenas um agressor envolvido, e trata o incidente como um ataque terrorista até que a motivação do ataque seja esclarecida.
O ataque começou quando um carro que passava pela Ponte de Westminster atropelou um grupo de pessoas. O suspeito deixou o veículo preto e avançou em direção ao Parlamento, atingindo um policial com uma faca, que acabaria morrendo. Pouco depois, foram ouvidos disparos. O agressor foi baleado pela polícia e morreu também.
"Estamos tratando isto como um incidente terrorista até que tenhamos informações contrárias", disse a polícia em comunicado.
A polícia foi chamada por volta de 14h40 (11h40, no horário de Brasília). Os agentes isolaram o local e as atividades parlamentares foram suspensas. A polícia pediu para a população evitar a região e entrar em contato com a polícia caso tenha alguma informação que ajude a esclarecer o incidente.
Entre os 20 feridos há uma mulher foi retirada do Rio Tâmisa viva após o ataque, informou a Autoridade Portuária de Londres (PLA). Ela está recebendo tratamento para ferimentos graves.
O Hospital King's College, que recebeu oito pessoas com ferimentos mais graves, informou que dois deles estão em estado crítico e os outros seis, estáveis.
O hospital de St. Thomas, que fica a poucos metros do local onde ocorreu o ataque, está tratando dois feridos, um homem e uma mulher, ambos em situação estável.
O que se sabe até o momento:
A premiê britânica Theresa May presidiu uma reunião do comitê de emergência Cobra, integrado pelos principais ministros do país. May tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns antes do ataque.
Após a reunião, May fez um pronunciamento em que agradeceu a ação da polícia e dos serviços de emergência, e prestou solidariedade às famílias das vítimas.
O editor de política da agência Press Association, Andrew Woodcock, conseguiu ver a cena da janela do seu escritório. Ele disse que ouviu gritos e, quando olhou para fora, viu um grupo de mais de 40 pessoas correndo. "Eles pareciam estar fugindo de alguma coisa”, afirmou.
"Quando o grupo chegou ao Carriage Gates, onde os policiais estavam na entrada de segurança, um homem saiu correndo da multidão e entrou no pátio. Ele parecia estar segurando uma faca de cozinha. Eu ouvi o que soou como tiros”, declarou.
Depois disso, Woodcock disse ter visto duas pessoas deitadas no chão e outras correndo para ajudá-las.
A primeira-ministra britânica Theresa May vai liderar um gabinete de crise para administrar a situação.
O Departamento de Estado norte-americano informou que está monitorando o incidente. O presidente Donald telefonou para Theresa May e ofereceu cooperação total dos EUA em resposta ao ataque, informou a Casa Branca em um comunicado.
O Parlamento escocês vai reforçar a segurança embora não tenha recebido nenhum tipo de ameaça específica. O debate sobre a realização de um segundo referendo sobre a emancipação da Escócia do Reino Unido foi adiado após o ataque em Londres.
O incidente ocorreu no primeiro aniversário dos ataques em Bruxelas, na Bélgica. O Reino Unido está em seu segundo maior nível de alerta, o que significa que um ataque de militantes é considerado altamente provável, segundo a Reuters.
Em maio de 2013, dois britânicos islâmicos esfaquearam e mataram o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste de Londres.
Em julho de 2005, quatro britânicos islâmicos mataram 52 pessoas e a si próprios em um ataque suicida ao sistema de transporte da capital britânica no que foi o pior ataque de Londres em tempos de paz.