Publicada em 06/04/2017 às 08h55.
Mutirão para melhorar alimentação de crianças com microcefalia
Cinco crianças passam por procedimento neste sábado para instalar um tipo de sonda no abdome.

Micaela espera que filha volte a se alimentar pela boca  / Reprodução/Facebook

 

Micaela espera que filha volte a se alimentar pela boca
Reprodução/Facebook
Cidades

Cinco crianças com microcefalia provocada pela Síndrome Congênita do Zika Vírus e que sofrem de disfagia (grave dificuldade de alimentação) vão ser submetidas a uma nova técnica de gastrostomia – procedimento para colocação de um dispositivo para dietas específicas no abdome – no próximo sábado. Em vez de cirurgia, os médicos do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instalam o dispositivo por meio de uma endoscopia, método mais rápido e seguro, mas que era feito em duas etapas. Agora, o processo será feito de uma vez só.

 

A pequena Annika, de 1 ano e 5 meses, já utiliza uma sonda nasal para alimentação há seis meses. Agora, vai trocá-lo pelo novo dispositivo. “Quando se alimentava pela boca ela vomitava muito, ficava bem cansada e não ganhava peso. Depois da sonda melhorou bastante, mas ainda vive tossindo e de vez em quando se engasga, porque tem refluxo. Há 15 dias ela passou por dois internamentos seguidos”, conta Micaela Souza, 30, mãe da menina.


Ela diz que resistiu a fazer a gastrostomia na filha. “Eu já me acostumei com a sonda. Mas muitas mães me disseram que os filhos melhoraram depois da cirurgia. Minha esperança é que ela volte a se alimentar pela boca”, destaca. “São muitas as crianças que precisam desse procedimento para ter uma vida melhor”.


MAIS CONFORTO

A gastropediatra do HC Kátia Brandt explica que rotineiramente a gastrostomia é realizada em dois momentos: um para a colocação da sonda e outro para substituí-la por um botton, dispositivo mais duradouro e que interfere menos nas funções do paciente. “Pela nova técnica, tudo é feito no mesmo momento, o que diminui o desconforto para o paciente”, salienta a médica. “Hoje, temos cerca de 20 crianças à espera do procedimento, apenas essas cinco com microcefalia”.


Jc Online

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