Publicada em 07/04/2017 às 08h56.
Deputados acusam Bolsonaro de racismo e entram com representação na PGR
O deputado federal teria dito ainda que o governo gastava mais de R$ 1 bilhão por ano com os quilombos.

O deputado federal teria dito ainda que o governo gastava mais de R$ 1 bilhão por ano com os quilombos / Foto: Agência Brasil

O deputado federal teria dito ainda que o governo gastava mais de R$ 1 bilhão por ano com os quilombosFoto: Agência Brasil

 

 


  • Parlamentares da oposição protocolaram uma representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) sob a acusação de ter praticado crime de racismo durante uma palestra realizada no Clube Hebraica, na zona sul do Rio, na última segunda-feira, 3. Na ocasião, o parlamentar fez afirmações preconceituosas e jocosas sobre negros, indígenas, mulheres, gays, refugiados e integrantes de ONGs.


Na peça, os petistas afirmam que, durante a palestra, Bolsonaro disse que tinha ido a um quilombo e que o "afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas". "Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais."


O deputado teria dito ainda que o governo gastava mais de R$ 1 bilhão por ano com os quilombos, e que, se ele fosse eleito presidente da República, não iria "ter nenhum centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola".

Na representação, os deputados e senadores afirmam que Bolsonaro "ainda não percebeu que o País evoluiu, a sociedade acordou e não aceita, não compactua e não silenciará jamais diante de condutas desse jaez".



O documento também registra ser "importante destacar que o representado é reincidente nas violações de direitos humanos e em ataques da espécie, de modo que sua conduta social e os caminhos tortuosos por ele trilhado agravam as ofensas aqui delineadas e certamente deverão ser consideradas na persecução penal".


Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que participou da entrega da representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o parlamentar precisa sofrer uma "punição severa", já que Constituição torna o crime de racismo um crime inafiançável.


"Ele é racista, preconceituoso, machista, ele é tudo isso. Como a gente vai aceitar que um parlamentar, que está investido de autoridade, de imunidade, que tem que representar o interesse da população, possa dizer uma coisa dessa impunemente", afirmou.


PGR pode entrar com pedido de abertura de inquérito

Se entender que houve crime, a Procuradoria-Geral da República poderá entrar com um pedido de abertura de inquérito contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro já é réu no Supremo sob a acusação de incitação pública ao crime de estupro, por ter declarado que "não estupraria a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não mereceria"


Estadão Conteúdo

 

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TODOS OS COMENTÁRIOS (1)



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  • AlexFev 2017
    Esse Bolsonaro não passa de um "louco", ele tem as mesmas ideologias de um terrorista, só fala em gerra, matar, dar um golpe no poder...kkkkkkkkk, é favorável a tortura...kkkkkkkkkkkk vai morrer na vontade...o Brasil precisa de um Presidente e não de um ditador.
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