Publicada em 10/04/2017 às 10h46.
Criança é internada com infestação de larvas de mosca na cabeça
Segundo conselheiro tutelar, situação começou com a proliferação de piolhos e suspeita é de maus-tratos. Polícia Civil está investigando.

(Foto: Anderson Araújo/Conselho Tutelar)

 

Uma menina de 5 anos está internada no Hospital Maria Lucinda, no bairro do Parnamirim, na Zona Norte do Recife, por causa de uma infestação de larvas de moscas na cabeça. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e acompanhado pelo Conselho Tutelar, que fez a denúncia de suspeita de maus-tratos às autoridades.


De acordo com o conselheiro tutelar Anderson Araújo, responsável pelo caso, a menina vem sofrendo há meses e tudo começou com a proliferação de piolhos. “De tanto coçar a cabeça por causa dos piolhos, ela fez umas feridas. As moscas aproveitaram a ferida para depositarem seus ovos”, explicou Araújo.


Segundo o Conselho Tutelar de Olinda, a denúncia foi feita pelo próprio hospital, que se chocou com a situação da criança. “Fomos chamados na quinta-feira [6] para verificar o estado da menina e saber com quem ela estaca no hospital. Foi a avó materna que percebeu as larvas e a levou imediatamente para o hospital”, apontou Araújo nesta segunda-feira (10).


A menina morava com os pais em Águas Compridas, Olinda, Grande Recife. Questionados sobre a infestação pelos conselheiros tutelares, pai e mãe disseram que a criança fazia tudo sozinha, se arrumava e comia sem a ajuda de ninguém e reclamava se mexessem em seu cabeça. Por isso, as larvas teriam passado despercebidas.


“O que me surpreendeu é que eles não moram num lugar de extrema pobreza. Geralmente, em casos assim, a família vive uma situação de extrema pobreza. Porém, eles não. É uma casa humilde, mas limpa e organizada. Ali é um caso de negligência de um tamanho que não tem justificativa. Aquilo não é de um dia para o outro e sim meses”, pontuou Anderson.


Na sexta-feira (7), o Conselho Tutelar procurou a delegacia de Peixinhos, em Olinda, onde prestou queixa. A instituição ainda encaminhou um relatório para o Ministério Público de Pernambuco pedindo a destituição do poder familiar, ou seja, um pedido tirar a guarda dos pais.


“Eles têm mais dois filhos mais novos, um de 2 e outra de 3 anos. A de 3 anos estava com lêndea na cabeça, mas já está sendo tratada”, contou o conselheiro. Ao ser liberada pelo hospital, a menina ficará com a tia ou a avó materna até que a Justiça decida seu destino.


Por telefone, a assessoria de imprensa do Hospital Maria Lucinda informou que a criança está bem e em observação. Entretanto, por se tratar de um caso de maus tratos, a equipe médica não divulgará mais detalhes do seu estado de saúde e procedimentos.


O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente de Paulista, no Grande Recife, que é responsável também pela área de Olinda.


G1

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