O comerciante Edvan Luiz da Silva foi formalmente indiciado ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pelo assassinato da fisioterapeuta Mirella de Sena, no último dia 5. O delegado Francisco Océlio, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), indiciou Edvan por estupro e homicídio triplamente qualificado (assegurar a ocultação de outro crime, sem possibilidade de defesa da vítima e prática de feminicídio). Segundo o investigador, o motivo do assassinato foi encobrir o estupro.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações e diligências relativas ao caso vão continuar. “A Polícia informa que irá se pronunciar somente ao final das investigações para não colocar em risco o trabalho que vem sendo desenvolvido com seriedade, respondendo aos anseios da família e da sociedade que pede por justiça”, diz, em nota, a corporação.
O advogado que defende Edvan Luiz e a esposa do comerciante, Rawlinson Ferraz, afirma que está aguardando a conclusão de todos os laudos e perícias relativas ao caso para poder montar a estratégia de defesa. “O que eu posso dizer, no momento, é que ele nega o crime. É preciso, então, esperar por eventuais provas”, diz.
Edvan foi transferido do Centro de Triagem e Observação Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, para o Presídio de Igarassu, também na Região Metropolitana. Ele continua isolado dos demais presos, uma vez que o clima é hostil contra acusados por violência sexual. A esposa do comerciante está morando com a família dele, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, uma vez que o delegado ainda não teria devolvido as chaves do apartamento onde o casal vivia.
Edvan Luiz teria entrado no apartamento de Mirella Sena, de quem era vizinho, com o intuito de manter relações sexuais com ela, segundo a Polícia. Ela teria negado e iniciado uma luta corporal, da qual saiu assassinada com um corte de faca no pescoço.
JC