A Rede, partido criado pela ex-ministra Marina Silva, voltou nesta terça-feira (19) a fazer críticas ao vice-presidente Michel Temer. Em nota pública, o partido afirma que o peemedebista não demonstrou prontidão em apoiar a Operação Lava Jato e não há registro de que tenha condenado “a relação de chantagem” entre o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o Palácio do Planalto.
No domingo (17), Marina afirmou que o eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua substituição por Temer poderia causar uma paralisação nas investigações da Polícia Federal. No dia seguinte, em resposta a Marina, o vice-presidente disse ter ficado preocupado com a “manifestação de desconhecimento institucional” por uma pessoa que foi candidata a presidente. Segundo ele, nenhum presidente tem poder de ingerência nos assuntos de outro Poder da República.
“É curioso observar a agilidade demonstrada pelo vice-presidente Michel Temer em criticar o posicionamento da Rede”, rebateu o partido.
“Ele não demonstrou a mesma prontidão, por exemplo, para apoiar a Operação Lava Jato, especialmente diante do noticiário sobre as articulações e pressões de seus parceiros do PMDB para coibir essas investigações”, acrescentou.
Para o partido, o vice-presidente ainda cometeu um ato falho. Segundo ele, Marina não fez nenhuma referência a ingerência em assuntos de outro Poder da República.
“É preocupante o fato de que o vice-presidente tenha compreendido outra coisa e vestido a carapuça de maneira tão apressada”, criticou.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do vice-presidente ainda não respondeu.
FONTE: FOLHAPE