Publicada em 27/01/2016 às 10h02.
Brasil perde posições no ranking da Transparência com escândalo Petrobras
O Brasil aparece na posição 76, uma queda de sete postos no índice que inclui 168 países, liderado pela Dinamarca

As economias emergentes continuam lutando para eliminar a corrupção, afirma o relatório anual da organização Transparência Internacional, que destacou o aumento da percepção da corrupção no Brasil após o escândalo da Petrobras. 


"Não é surpreendente que o Brasil, afetado pelo maior escândalo de corrupção de sua história pelo caso Petrobras, tenha sido o país da América que mais caiu no índice este ano", afirma a organização em um comunicado. 


O Brasil aparece na posição 76, uma queda de sete postos no índice que inclui 168 países, liderado pela Dinamarca. Os países latino-americanos considerados menos corruptos, segundo o relatório, são Uruguai (21), Chile (23) e Costa Rica (40). 


A ONG, que faz um estudo para examinar a percepção do fenômeno da corrupção, destacou que tanto na América Latina como em outras regiões foi registrado um avanço nas investigações e na punição contra pessoas que, apenas 12 meses antes, pareciam intocáveis. 


O escândalo da Petrobras revelou um gigantesco esquema de corrupção, no qual um dos principais acusados é o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), da presidente Dilma Rousseff.


Os protestos desestabilizaram o governo, à medida que a dimensão do problema era revelado, e importantes integrantes do PT estão presos, assim como grandes empresários do país.


Ao mesmo tempo, a diretora de investigações da Transparência Internacional, Robin Hodess, destacou o exemplo da Guatemala, onde o presidente Otto Pérez deixou o cargo pressionado pelos protestos contra as acusações de corrupção. 


"Quando três membros do influente clã Rosenthal de Honduras foram acusados de lavagem de dinheiro e o presidente da Guatemala foi detido por supostamente ter aceitado subornos, mesmo as pessoas mais poderosas devem entender que não podem mais acreditar que o dinheiro e seus contatos as protegerão", disse. 


Para Hodess, as pessoas podem fazer a diferença. Ela disse que, a longo prazo, a ação dos cidadãos terá um impacto. 


A Guatemala aparece na posição 123 do ranking. 


Países nórdicos na liderança


Três países nórdicos - Dinamarca, Finlândia e Suécia - aparecem entre os primeiros da lista, enquanto governo repressivos e países que sofrem conflitos armados estão entre os últimos da lista: Afeganistão, Coreia do Norte e Somália. 


"Os países nas primeiras posições apresentam características comuns que são vitais: altos níveis de liberdade de imprensa; acesso a informação sobre orçamentos que permite à população saber de onde procede o dinheiro e como se gasta; altos níveis de integridade entre aqueles que ocupam cargos públicos", afirma a organização.


FONTE: JC ONLINE

Os comentários abaixo não representam a opinião do Portal Nova Mais. A responsabilidade é do autor da mensagem.
TODOS OS COMENTÁRIOS (0)



Login pelo facebook
Postar
 
Curiosidades
Policia
Pernambuco
Fofoca
Política
Esportes
Brasil e Mundo
Tecnologia
 
Nova + © 2025
Desenvolvido por RODRIGOTI