Publicada em 04/02/2016 às 09h26.
A categoria afirma, no entanto, que novas paralisações voltarão a ocorrer a partir de 12 de fevereiro, caso não haja acordo.
Quem vai passar o carnaval em outros estados pode ficar mais tranquilo. Em assembleia realizada nessa quarta-feira, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) definiu que não vai promover protestos durante o carnaval. Nesta quarta-feira, duas horas de paralisação causaram transtornos a diversos passageiros em 12 terminais no país.
A categoria afirma, no entanto, que novas paralisações voltarão a ocorrer a partir de 12 de fevereiro, caso não haja acordo. Entre esta quinta-feira e sexta-feira, a categoria vai participar de uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea). A expectativa é de que as operadoras apresentem uma nova proposta do reajuste salarial.
Os funcionários das aéreas reivindicam aumento de 11%, que contempla a reposição real da inflação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015, de 10,67%, retroativo à data-base, de 1º de dezembro de 2015. O sindicato patronal, no entanto, apresentou proposta com correção sem retroatividade de 11% dividido em duas vezes, para funcionários que ganham até R$ 1,5 mil, e em três parcelas, para os que ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil.
Os trabalhadores negaram a oferta, alegando que a última parcela seria paga às vésperas da próxima data-base. “Ficaríamos quase dois anos sem reposição inflacionária”, criticou o secretário-geral do SNA, Rodrigo Spader.
Dia de caos
A paralisação dos aeronautas — comissários e pilotos — e aeroviários — os trabalhadores que atuam em terra — provocou dores de cabeça em viajantes de todo o país, com voos cancelados e atrasados. Apesar de a manifestação ter ocorrido em 12 terminais, toda a malha aérea foi afetada. Sem trabalhadores para operar os guichês de check-in, passageiros encontraram dificuldades para despachar bagagens. Além disso, como os funcionários de ar também cruzaram os braços, entre as 6h e as 8h, a ausência de operações de pousos e decolagens gerou um efeito cascata em quase toda a malha.
De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), pelo menos 45 mil passageiros podem ter sido prejudicados. Viajantes relatam que a paralisação levou a uma espera de até sete horas nos aeroportos.
FONTE: DIARIO DE PERNAMBUCO
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