Publicada em 07/09/2019 às 09h04.
Aplicativo colombiano para chamar mototáxi entra em operação no Recife
Segundo a empresa, cerca de 1,5 mil condutores e 20 mil passageiros estão cadastrados.

Imagem:  Jorge Ravelo/Divulgação

 

Começou a funcionar, no Recife, o aplicativo colombiano de mototáxi Picap. Segundo a startup, cerca de 1,5 mil condutores e 20 mil passageiros estão cadastrados. A operação começou em fase de testes, em julho, e entrou em vigor de forma definitiva em setembro, mesmo sem a regulamentação do serviço por parte da prefeitura.


A empresa também atua no Rio de Janeiro, São Paulo e no México. De acordo com a Picap, o serviço de mototáxi pretende ser 50% mais rápido que outras formas de transporte privado.


Por meio de um aplicativo disponível para os sistemas Android e iOS, os passageiros podem solicitar viagens, de forma semelhante aos serviços disponíveis com carro. A diferença é o veículo, que é uma moto.


CEO da Picap no Brasil, Diogo Travassos afirma que a forma de pagamento disponível é, por enquanto, em dinheiro. Durante o início da operação do Picap no Recife, segundo ele, não é cobrada a comissão de 15% aos motociclistas e o valor das viagens é repassado integralmente ao motociclista.


"Existe uma taxa mínima da corrida, de R$ 4,50. O valor final da corrida é estimado por quilômetro e por tempo. Chegamos a ser 30% mais baratos que os outros serviços, em especial em viagens de longa distância. Também não temos tarifa dinâmica. Cidades vizinhas, como Jaboatão e Olinda, também já estão com motociclistas", afirma Diogo.


Ainda segundo Diogo Travassos, a Picap começou a fazer testes em julho, para verificar a aceitação do público. "O público já está acostumado com o serviço de motofrete e, agora, estamos oferecendo um serviço diferente. As pessoas acabam conseguindo driblar o trânsito, numa alternativa mais barata", declara o CEO.


Na quinta-feira (5), representantes da empresa se reuniram com a prefeitura do Recife, para discutir a chegada do aplicativo à capital pernambucana.


"Foi uma conversa inicial, para abrir um início de diálogo. Acho que todo mundo está interessado em discutir mobilidade e entender como a gente vislumbra o futuro. Com isso, a gente vai evoluindo", diz Diogo Travassos.


Regulamentação


De acordo com o secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, a atividade de mototaxista existe de maneira informal, principalmente, nos subúrbios e onde o transporte público não chega.


Apesar disso, ainda não existem leis municipais que regulamentem a profissão. Uma norma federal reconhece o mototaxista, mas confere aos municípios o poder de regulação.


Para João Braga, a prefeitura vai analisar os dados gerados com a entrada da empresa na capital pernambucana e, assim, avaliar se uma regulamentação será possível.


"Quase todos os leitos hospitalares estão ocupados por vítimas de acidente de moto. Temos que saber se iniciativas como essa pioram a questão da insegurança no trânsito por causa das motocicletas ou se melhoram, com regras de atuação desses profissionais. Vamos analisar os dados que eles trouxeram, referentes às experiências da empresa na Colômbia, México e no Rio de Janeiro", afirma João Braga;

 

Para ter o seu cadastro validado na plataforma, o motociclista precisa ter, no mínimo, 21 anos; apresentar a Carteira de Habilitação tipo A com, no mínimo, dois anos de expedição; documentos atualizados do veículo, incluindo o pagamento do seguro DPVAT; possuir uma motocicleta com até 10 anos de fabricação e motor de, no mínimo, 100 cilindradas.


É obrigatório o uso do capacete, tanto para o condutor quanto para o passageiro. Além disso, o cadastro do motociclista passará por uma análise de antecedentes criminais.

 

FONTE: G1

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