Publicada em 21/10/2019 às 10h15.
Aulão do 'Projeto Educação' reúne mais de 5 mil estudantes do Estado
Participantes da rede pública assistiram, no domingo, as aulas de 19 professores voluntários, para tirar as dúvidas sobre o ENEM 2019.

Imagem: Marlon Costa


Milhares de estudantes do ensino médio da rede estadual lotaram o Classic Hall, em Olinda, para o aulão do Projeto Educação, promovido pela TV Globo, no último domingo (20).


O evento chegou à 15ª edição com 5.412 alunos com muita alegria e vontade de tirar as dúvidas na reta final para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


Neste ano, os alunos saíram de 257 escolas de 99 municípios do Grande Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão. O objetivo da iniciativa é fazer uma revisão dos assuntos mais frequentes no vestibular.


Ao todo, 19 professores voluntários deram as aulas, que serão transformadas em dois programas, a serem exibidos pela Globo nos sábados 26 de outubro e 2 de novembro, às 12h.


Os 370 quilômetros que separam a capital pernambucana de Afogados da Ingazeira, no Sertão, não foram o suficiente para impedir a estudante Bruna Oliveira, de 18 anos, de participar. Segundo ela, que estuda na Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Ione de Goes Barros, outras duas instituições se juntaram numa caravana até o Classic Hall.


“Lutamos bastante para estar aqui, porque é muito longe e tivemos que nos unir com outras escolas no ônibus. Quero fazer direito, para ser agente da Polícia Federal ou juíza. Isso é muito importante para nos tranquilizar e revisar os assuntos”, diz a jovem.


Em 2019, o Enem é realizado nos dias 3 e 10 de novembro. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h, com início das provas às 13h30. Neste ano, não há horário de verão, já que a mudança nos relógios, que aconteceria na madrugada do domingo (20), foi revogada em abril pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).


Para o diretor da Escola de Referência em Ensino Médio Porto Digital, Marcos Moraes, o evento é uma espécie de fechamento de ciclo para os feras. “Para o estudante, é um grande estímulo na reta final para o Enem. Muitos deles já estão cansados e querem um ânimo para continuar”, declara o gestor.


Maria Vitória Freitas, de 18 anos, escolheu tentar enfermagem no vestibular por causa da paixão pela disciplina de biologia. Ela saiu de Macaparana, na Zona da Mata, para ver as aulas.


“Eu sempre me interessei pela área de saúde e, a princípio, fiquei em dúvida sobre qual curso fazer, mas, agora, decidi. Aqui serve para me ajudar a tirar algumas dúvidas, principalmente sobre os assuntos do primeiro ano do ensino médio, que são os que lembro menos”, declara a menina.


A Maria Eduarda Barbosa, de 16 anos, saiu de São Vicente Ferrer, na Zona da Mata pernambucana, onde fica a Erem Coronel João Francisco. Para ela, a aula de Kiko Santos e Carla Gonçalves era a mais esperada, já que geografia é seu curso dos sonhos. “É a disciplina que eu mais gosto e mais me identifico. Ser professora é o que eu quero para a vida”, afirma.


A Jaiza Campos, de 17 anos, viajou seis horas, saindo de Itacuruba, no Sertão do estado, junto com os colegas da Erem Maria de Menezes Guimarães. Para ela, a aula de português ajudou a esclarecer dúvidas.


“É uma disciplina que, independente do curso escolhido, é importantíssima. Quero fazer fisioterapia porque minha mãe teve um problema nos ossos do braço e, com o tratamento dela, cativei a vontade de estudar”, declara a jovem.


Já as amigas Natally Souza, de 18 anos, e Luana Silva, de 16 anos, pretendem estudar enfermagem na faculdade. Elas saíram de Água Preta, na Zona da Mata.


“Gostei muito de redação, porque pesa muito no Enem e a professora foi muito didática. Explicou bem e de forma divertida”, diz Luana.


A professora Carla Gonçalves foi voluntária pela primeira vez, em 2019. Para ela, a iniciativa faz a diferença na vida dos estudantes.


“Sempre acompanhei de perto o Projeto Educação e acho muito interessante o engajamento e vontade de interagir e aprender mais dos alunos. É gente do bem, meninos que vão fazer a diferença no mundo. Para mim, é uma honra participar”, declarou a mestra.


No palco do projeto, ela dividiu ao espaço com Kiko Santos, um veterano que participa desde a primeira edição, em 2005.


“É sempre muito emocionante participar do projeto, querendo passar para os alunos um pouco de conhecimento. Educação é a principal mola para reduzir a desigualdade e, por isso, todo esforço nosso é pouco para os que querem e buscam maiores voos na sua realização pessoal, profissional e até afetiva”, diz Kiko.


Programação


O evento contou com 13 aulas e uma palestra de Silvio Meira, cientista, empreendedor, fundador do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) e presidente do conselho administrativo do Porto Digital.


A abertura dos portões ocorreu às 12h e, às 12h10, a professora Fernanda Bérgamo, de redação, abriu as aulas. O encerramento ocorreu às 18h30.


FONTE: G1

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