Publicada em 13/11/2019 às 07h02.
Evo Morales chega ao México e denuncia golpe de estado na Bolívia
O chanceler do México, Marcelo Ebrard, recebeu o ex-presidente na porta da aeronave.

Imagem: reprodução do Google


O avião das Forças Armadas mexicanas, que levou Evo Morales da Bolívia à Cidade do México, pousou na tarde da última terça-feira (12) (horário de Brasília). Ele chegou acompanhado de Álvaro García Linera, seu vice-presidente, que também renunciou ao mandato no último domingo, além de representantes do corpo diplomático mexicano.


O chanceler do México, Marcelo Ebrard, o recebeu na porta da aeronave. Morales acenou para a imprensa, desceu as escadas do avião, ajeitou os cadarços do sapato e se dirigiu aos jornalistas, onde fez o primeiro pronunciamento em solo mexicano.


"Saudações, irmãos, agradeço a toda a delegação que nos acompanhou. Estamos com Álvaro García Linera. Após a vitória em primeiro turno, começou o golpe de estado. Estamos há exatamente três semanas e, na última etapa, infelizmente, a polícia nacional se somou ao golpe. Queimaram tribunais eleitorais, atas, cédulas, sedes sindicais, casas de autoridades do MAS (Movimiento al Socialista, partido de Morales), saquearam e queimaram a casa da minha irmã, a minha casa em Cochabamba. Tentaram saquear minha casa, mas os vizinhos me defenderam. Muito obrigado, sou grato à defesa do povo", afirmou o político, sereno, vestindo uma camisa de mangas curtas e calças jeans.


Morales apela a todos os bolivianos


O ex-presidente da Bolívia afirmou ainda que pediu a toda a população boliviana que colabore para que não haja mais derramamento de sangue. E agradeceu ao presidente do México, que "me salvou a vida".


Segundo Evo Morales, no último dia 9, sábado, quando chegava a Cochabamba, um membro do Exército mostrou mensagens e chamadas que demonstravam um pedido para "entregá-lo em troca de 50 mil dólares". "Por isso agradeço, pois me salvaram a vida", disse.


Ele ainda afirmou que seguirá na política. "Chegamos aqui seguros graças ao México e suas autoridades. Enquanto eu estiver vivo, seguimos na política. Segue a luta e estamos seguros de que os povos do mundo têm todo o direito de serem livres. Pensei que tínhamos terminado com a humilhação, mas há grupos que não respeitam a vida e a pátria".


"Meu pecado é que ideologicamente somos anti-imperialistas. Não vou mudar ideologicamente. Sempre trabalhei pelos setores mais humildes, diminuímos muito a pobreza e isso vem para fortalecer a luta dos povos. Muito obrigado", finalizou.


FONTE: FOLHA PE 

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