Publicada em 06/10/2020 às 08h58.
Perdas no setor de turismo chegam a mais de R$ 200 bilhões
A crise de maior proporção no setor de Turismo, trouxe prejuízos em todo país.

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Praias de Ipojuca - Foto: Vinicius Lubambo


O setor de Turismo foi um dos mais afetados na pandemia. Entre maio e setembro deste ano, em razão da pandemia, o setor perdeu R$ 207,85 bilhões em faturamento, no país. Em Pernambuco, a perda foi R$ 6 bilhões, durante o mesmo período, que ainda perdeu cerca de 1,2 mil estabelecimentos, por conta da Covid-19. O pior mês para o faturamento no setor de turismo foi maio, com prejuízo de R$ 1,10 bilhão, somente em Pernambuco. Os dados foram divulgados ontem, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC). 


Em quantidade de estabelecimentos, a crise de tamanho nunca visto antes, levou o setor a registrar, no país, um saldo negativo de 49,9 mil estabelecimentos com vínculos empregatícios entre março e agosto deste ano. Isso significa uma perda no setor de 16,7% dos estabelecimentos com vínculo empregatício. O segmento mais agravado foi o setor de bares e restaurantes, que, sozinho, encerrou o período com o saldo de 39,5 mil estabelecimentos fechados. Em seguida vem o segmento de hospedagem em hotéis, pousadas e similares (-5,4 mil) e transporte rodoviário (-1,7 mil). 


O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Pernambuco (Abrasel-PE), André Araújo, explica que a razão do setor ter sido tão afetado é porque o segmento tem um pilar construído em cima de entretenimento e lazer. “Isso significa relacionamento entre pessoas. Com a pandemia e as medidas preventivas tomadas, orientadas inclusive pela OMS, o setor foi bastante prejudicado”, conta. Ainda de acordo com Araújo, Pernambuco tinha cerca de 17,3 mil estabelecimentos entre bares e restaurantes, em março deste ano. Com a pandemia, a projeção é que pelo menos 30% não consigam retornar à sua plenitude. 

 

Ainda de acordo com a pesquisa da CNC, todos os segmentos do turismo registraram saldo negativo entre maio e setembro. O Turismo também tem sido o mais afetado no que diz respeito ao volume de receita e nos empregos. Até o fim de 2020, a CNC projeta o fechamento de 42,7 mil estabelecimentos em todo o país. 


Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, o setor de Turismo teve dois principais agravantes que puxaram-o para baixo. “O protocolo para operação do Turismo é muito mais complexo do que a Indústria ou Comércio, por exemplo. Para reabrir hotéis, atividades turísticas, restaurantes, o protocolo precisa ser muito mais restrito na operação do Turismo. O outro ponto é a essencialidade do serviço. É que as famílias concentram seus gastos em serviços essenciais, mas o Turismo não se enquadra nesse aspecto”, detalha Bentes. 


Com a Covid-19, as empresas precisaram fechar as portas e demitir funcionários. Em seis meses de pandemia, 481,3 mil pessoas, perderam seus empregos de carteira assinada no setor do Turismo. O dado é referente às estatísticas mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apurado mensalmente pela Secretaria do Trabalho, ligada ao Ministério da Economia. 


FONTE: FOLHA PE 

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